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Dicas e Dúvidas

True Type Star Office com fontes True Type no Slackware

Um aspecto do Star Office que sempre me incomodou (e a muita gente) é o fato de o editor de textos StarWriter não conseguir lidar com fontes ttf. Isso resulta sempre em um aspecto pobre na definição dos caracteres na tela. Encontrei uma maneira de forçar o uso de minhas fontes .ttf.

1. Como o servidor X não lida diretamente com fontes true type, se faz necessário o uso de um servidor específico. Existem vários servidores, eu utilizo o xfstt. O source pode ser encontrado em rpmfind.net e compilado.

2. Após a compilacão do xfstt, colocar em /etc/rc.d/rc.local:


# xfstt - servidor para fontes true-type
if [ ! -x /usr/X11R6/bin/xfstt ]
then exit 0
fi
echo -n "inicializando o servidor xfstt ..."
/usr/X11R6/bin/xfstt –daemon
echo "OK"

3. O acima descrito serve para Linux BSD style. Como eu uso Slack, o script final de inicialização fica em /etc/rc.d. Para sistemas no estilo SysV (RedHat e similares) o rc.local está no /etc.

4. Colocar no ~/.bashrc:


 /usr/X11R6/bin/xset fp+ unix/:7101

5. As fontes .ttf devem estar em /usr/share/fonts/truetype. Como eu não uso Windows, coloquei algumas fontes nesse diretório. Um symlink para quem possui partição Windows também pode ser feito.

6. No diretório /usr/share/fonts/truetype, entrar com o comando:


xfstt –sync

Com isso, as fontes .ttf devem ser encontradas.

7. Reinicializar a máquina.

O servidor xfstt deve ser inicializado automaticamente. Na verdade, não seria necessário reinicializar a máquina a la Windows, mas como muitos serviços deveriam ser reiniciados um por um, um Ctrl+Alt+Del aqui é o modo mais fácil.

8. Após esses passos, as fontes .ttf estarão disponíveis para o StarOffice (e para outros aplicativos também).

O StarOffice aceita o uso direto de fontes .ttf em seus aplicativos, menos no StarWriter (não me perguntem o motivo). Para que ele use as .ttf, por exemplo, no StarImpress (clone do Powerpoint) se faz necessário utilizar a ferramenta ./spadmin, no diretório bin dentro do diretório de instalação do StarOffice. Deve ser rodada como root. Basta indicar o caminho para as fontes true type, que o StarOffice passará a utilizá-las:

  • rode o ./spadmin
  • será aberta uma tela "configuração da impressora"
  • clique no botão "adicionar tipos de letra"
  • clique em "localizar"
  • indique o caminho das fontes ttf (/usr/share/fonts/truetype)
  • clique em "OK"
  • clique em "fechar"
Lembre de executá-lo como usuário root.

Com isso, o StarOffice passa a usar as .ttf, com exceção do StarWriter. A solução que eu encontrei para fazer com que o StarWriter utilizasse, por exemplo, a arial.ttf, foi a substituição de fontes:

a. vá no menu "ferramentas" e clique em "opções"

b. vá em "Geral" e "substituição de tipos de letra"

c. na guia aberta, existem dois campos para a colocação de nomes de letras, "tipo de letra" e "substituir por". Acionando as setas, deve ser possível visualizar o nome das fontes .ttf. Eu resolvi substituir a fonte "Times" padrão do StarWriter pela fonte Arial, que fica mais bem definida no monitor.

d. clicar na marca verde ao lado do nome das fontes, e marcar a substituição para ser feita sempre (basta clicar sobre os espaços)

Isso feito, o StarWriter passa a exibir a fonte Arial sempre que inicia um novo texto.

João Alexandre Voss de Oliveira joalex@pro.via-rs.com.br

Ícones no KDE?

1. Abra a pasta "Templates"

2. Arraste o ícone "Program" (um com uma engrenagem) para a área de trabalho

3. Solte o botão do mouse e selecione "Copiar"

4. Clique com o botão da direita sobre o ícone recém-criado

5. Escolha propriedades

6. Substitua o nome de Program.kdelnk para Netscape.kdelnk, por exemplo

7. Selecione os notepads "Executar" e "Aplicação" e preencha os dados pedidos

Você pode trocar o ícone clicando nele com o botão direito.

Espaço no disco

A maioria dos programas já exclui seus próprios arquivos temporários.

Exceto o KDE, que deixa vários arquivos no /tmp com nomes kio* e kfm*, que podem ser excluídos sem problemas.

Pode-se excluir também o diretório .netscape/cache, que é o cache em disco do netscape. Cada usuário possui um diretório desses em seu /home.

E ainda resta o /var/log que é o diretório em que são guardados os arquivos de registro (log) do sistema, que crescem infinitamente e podem ser cortados/editados (ou apagados) de vez em quando. Os principais são:

cron
httpd/access_log
lastlog
maillog
messages
wtmp

Quanto a esses arquivos de registro, pode-se usar o aplicativo logrotate para gerenciá-los automaticamente (dividi-los e apagá-los quando muito grande/antigo).

Pode-se excluir também os Howtos. Se estiver utilizando distribuições com RPM, utilize o comando



# rpm -e ‘rpm -qa | grep howto‘

Caso contrário, apague manualmente os Howtos, que normalmente estão no diretório /usr/doc/HOWTO


# rm -rf /usr/doc/HOWTO*

E, numa atitude desesperada e não recomendada, excluir toda a documentação de todos os pacotes, com o comando


# rm -rf /usr/doc/*

Lembrando que em algumas distribuições a documentação está em /usr/share/doc.

E é claro, por último mas o mais importante: desinstale pacotes que não são utilizados. Muito dificilmente alguém utilizará todos os pacotes que estão na distribuição (dezenas de jogos, servidores, editores, etc), principalmente os maiores como tetex-*, octave, emacs...

Quais bibliotecas?

Às vezes um programa não funciona, e a mensagem de erro diz que o programa não foi encontrado. Geralmente, ocorre com binários que não foram compilados no sistema e não foram instalados através de rpm ou deb. Um erro muito comum é não ter instalado as bibliotecas que o programa utiliza. Para saber quais são as bibliotecas utilizadas, use o comando ldd.

$ ldd ‘which programa‘

Exemplo:


 $ ldd ‘which ./coreldraw‘
libwix.so => /opt/corel/linux_i386/libwix.so (0x40017000)
 libX11.so.6 => /usr/i486-linux-libc5/lib/libX11.so.6 (0x4039d000)
 libm.so.5 => /usr/i486-linux-libc5/lib/libm.so.5 (0x4042f000)
 libc.so.5 => /usr/i486-linux-libc5/lib/libc.so.5 (0x40437000)
 libdl.so.1 => /lib/libdl.so.1 (0x40500000)

Escondidas no BitchX

Para quem usa o BitchX, uma dica muito legal é usar várias janelas, cada uma com um canal diferente.

Na linha de comando do BitchX, digite:


/window new hide

Agora basta alternar entre as janelas usando

Alt+<números>.

Histórico de comando

Esta é uma dica interessante sobre como manter o histórico de comandos separadamente, um para cada janela aberta. Eu estava num servidor e com várias shells abertas. Em uma eu estava dando manutenção em disco, em outra, mexendo com postscript e mais uma com outra atividade administrativa. Todas eram repetitivas, o que tornava o uso do history muito freqüente e eficaz. Entretanto cada shell usava comandos de uma natureza e os comandos de uma apareciam no history da outra, afinal todas usavam o mesmo arquivo. No meu .profile havia a definição de ENV para o script de inicialização das shells (bash, korn e posix). Coloquei nesse arquivo o seguinte:

HISTFILE=~/.histories/history-$$

Não esquecendo de criar antes o diretório:


mkdir ~/.histories

E colocando na minha crontab para todo dia fazer:


find ~/.histories -atime 7

para matar os arquivos "histories" com mais de uma semana de idade.

Assim, cada shell ficou com um history independente, cujo nome do arquivo continha o PID da shell. Isso facilitou em muito o meu trabalho pois em cada history apareciam apenas os comandos pertinentes.

Ticiano Brandão Benetti ticiano@consultoria.net

 

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