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Linux: um novo idioma
Migrar os servidores e estações na União Cultural tem sido uma experiência muito tranqüila

Estabilidade e significativa redução de custos para o departamento de informática. Estes foram os fatores decisivos para que a União Cultural Brasil — Estados Unidos, uma escola de idiomas muito conhecida e tradicional de São Paulo, com mais de 60 anos de existência, adotasse uma solução Linux em seus servidores de e-mail, web, arquivos e impressão. "Posso afirmar sem nenhuma dúvida que, com a adoção do Linux, a instituição economizou cerca de R$ 20 mil só com a aquisição de licenças de software. Além de o sistema operacional ter um preço justo e ser um software livre, a estabilidade da plataforma não nos obriga a acionar o suporte técnico inúmeras vezes, como é necessário nos outros sistemas", declara José Antonio Morillas, gerente de informática da União Cultural.

Para ele, com seus 20 anos de experiência em Unix, foi muito fácil portar as suas aplicações para o Linux, quase todas em C e XBase, pois as diferenças de ambiente eram mínimas, e todas as ferramentas que precisavam tinham alternativas com eficiência igual ou superior no ambiente Linux. O suporte contratado se comprometeu a mostrar para a empresa que todas as suas exigências seriam satisfeitas, e assim se deu, despertando a aprovação unânime de toda a instituição.

Antes de adotar o Linux, a escola de idiomas usava o sistema Unix no servidor de e-mail e Internet, e o Windows NT no servidor de arquivos e impressão. Segundo Morillas, a insatisfação com o atendimento da empresa que oferecia a solução Unix e os constantes problemas de travamento da máquina com Windows NT levaram a escola a migrar os dois servidores para Linux. Assim, o Compaq Pentium 233MHz com 128 Mb de memória RAM que atua como servidor de e-mail e de Internet, administrando, inclusive, a página da escola na Web, passou de Unix para Linux, e o Compaq Pentium III 550MHz com 512 Mb que acumula as funções de servidor de arquivos e de impressão, migrou de Windows NT para Linux. Logo depois a instituição implantou um terceiro servidor Linux para gerenciar o controle interno da escola e as aplicações administrativas.

A União Cultural também está substituindo a suíte MSOffice por StarOffice nas 60 máquinas clientes que utilizam plataformas Macintosh e Windows 95/98/NT. Segundo Morillas, a perspectiva da escola é de migrar as estações utilizadas em aulas de laboratório, que também são usadas pela administração e produção pedagógica da União Cultural. "Nossas aplicações precisam funcionar independente do sistema, e elas precisam de uma plataforma estável, com um preço justo. Para nós aí está a força do Linux e estamos muito satisfeitos, tanto com o suporte quanto com seu desempenho. Estamos migrando tudo, absolutamente tudo para Linux na matriz e nas filiais, pois acima de tudo queremos ser livres das imposições das empresas de software", diz Morillas. Para ele essas empresas deveriam focar suas estratégias em prestar serviços ao invés de ficar explorando o valor de licenças para seus produtos.

A adaptação dos funcionários da União Cultural ao novo sistema vem sendo tranqüila, e o que estes desejam é que suas ferramentas "apenas" funcionem, que tudo esteja estável para continuarem suas tarefas, nada mais. Basicamente pouca coisa mudou, pois migrar de um Office para outro e continuar a usar os mesmos aplicativos representou uma mudança muito pequena. Já para o lado dos administradores a coisa mudou bastante, pois agora contam com uma flexibilidade maior, oferecida pelo código aberto, também com uma maior liberdade pois não existe o impedimento de se fazer atualizações dos softwares que são baixados diretamente da Internet. Mas, principalmente, não dependem de ninguém para implementarem seus novos projetos, como no caso de seu site que usa ferramentas livres como PHP e MySQL.

Teleducação

Os planos da escola para o próximo ano letivo prevêem a implantação de um serviço de ensino de idiomas à distância. "Atenderemos todo o Brasil e diversas regiões do mundo ensinando português para estrangeiros e inglês para brasileiros", afirma Morillas. O projeto será totalmente baseado em Linux e o gerente prevê que o projeto piloto estará em vigor até o primeiro semestre de 2001, e funcionando a pleno vapor em 2002. Ele garante que será o primeiro projeto realmente profissional nessa área, e não mais uma daquelas promessas via Internet que sempre morrem pela falta de banda na telefonia brasileira, ou por serem meros truques de marketing.

 

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