Revista Do Linux
 
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<IMG> Negócios
<IMG> Como Entrar no Mercado GNU/Linux
 
<IMG> Estratégias de desenvolvimento
<IMG> de software devem ser planejadas
<IMG> com critérios bem definidos
 
<IMG> O crescimento do GNU/Linux no mercado da informática vem levando várias empresas, a princípio sem nenhuma afinidade com a filosofia do software livre, a buscar uma fatia deste mercado. Empresas de primeira linha no âmbito internacional, como Oracle, Computer Associates e SAP, fornecem não somente seus produtos de infra-estrutura (bancos de dados, backup, etc) como também seus sistemas empresariais ou sistemas ERP.
<IMG> No âmbito nacional, as experiências bem-sucedidas de empresas como o Banrisul ou o Metrô de São Paulo, além do menor custo de licenças, fator de extrema importância da-do o estado atribulado da nossa economia, têm levado vários empresários e profissionais a considerarem a entrada neste mercado promissor.
<IMG> Esta questão em breve se tornará secundária, com quase 30% do mercado de servidores utilizando o GNU/Linux, segundo o IDC, a possibilidade de adquiri-lo pré-instalado nos PCs dos principais fabricantes do mercado e o aumento da oferta de mão-de-obra qualificada, tornará, em pouco tempo, o mercado GNU/Linux grande demais para ser ignorado pela maioria das pequenas e médias empresas. Tanto, que já vemos os ataques diretos de certos gigantes do mercado, que tendem a perder muito com o avanço do sistema e que antes se limitavam à tática de ignorar e menosprezar o concorrente. A questão realmente importante hoje é: como entrar neste mercado e ser bem sucedido?
<IMG> Notem que não estamos falando aqui de empresas que fornecem serviços de suporte, help-desk e infra-estrutura de redes. Estas empresas já há bastante tempo têm o GNU/Linux como parte integrante e importante do seu portfólio de produtos, e as que não têm estão vendo sua presença no mercado diminuir consideravelmente. Estamos falando das empresas que vendem sistemas prontos ou personalizados para os seus clientes, desde sistemas de automação comercial e PDVs, até sistemas administrativos, como folha de pagamento, ou sistemas mais especializados, como auto-mação industrial e na área de saúde.
 
<IMG> Devo Migrar 100%
<IMG> para GNU/Linux ?
<IMG> Muitas empresas são levadas a considerar como única alternativa a migração total dos seus sistemas para o GNU/Linux e, ao verificar que hoje a grande maioria dos seus clientes reais ou potenciais ainda estão presos a plataformas proprietárias, concluem que o esforço ainda não compensa. Con-siderando o crescimento do GNU/Linux no mercado, as empresas se colocam no aparente dilema do ovo ou da galinha: fornecer produtos para GNU/Linux somente depois que surja uma demanda considerável dos seus clientes, ou fornecer estes produtos antes para criar a de-manda e possivelmente aumentar a sua participação no mercado? As empresas que assumirem a primeira posição estão se arriscan-do a perder o seu mercado para as em-presas que tomarem a segunda.
<IMG> Mas poucos percebem o caminho natural, fácil e sensato: realizar uma migração gradativa, não apenas de um sistema operacional proprietário para um sistema operacional livre, mas sim migrar de uma plataforma de desenvolvimento proprietária para uma plataforma de desenvolvimento aberta. É possível desenvolver softwares com tec-nolo-gias oriundas do universo do software livre e utilizá-los sob um sistema opera-cional proprietário e, deste modo, atender à atual base de clientes sem deixar de abrir a possibilidade de atender a no-vos clientes, ou mesmo aos atuais, quando eles adotarem a nova plataforma.
<IMG> Estrategicamente, sabemos (ou deveríamos saber) que estar preso a um único fornecedor de tecnologia e soft-ware básico é mau negócio. O fornecedor tende a nos deixar na mão a qualquer momento, quando surgir o menor conflito entre os interesses dele e os nossos. Um dos maiores benefícios do soft-ware aberto é quebrar essa dependência entre usuários e fornecedores de soft-ware. Mesmo que você seja o fornecedor de software para os seus clientes, vo-cê também é usuário para um fornecedor de sistemas operacio-nais, ambientes de desenvolvimento e bancos de dados, para citar o mínimo.
<IMG> Algumas das killer-apps do software livre estão disponíveis em sistemas operacionais proprietários, como o PHP, o MySQL ou o GTK+. Você pode desenvolver com essas ferramentas sem absolutamente utilizar GNU/Linux, colhendo imediatamente os benefícios tecnológicos do soft-ware livre, e estando assim pronto para quando seus clientes pedirem uma versão GNU/Linux da sua solução.
 
<IMG> Portar ou
<IMG> Reescrever o Código ?
<IMG> Falando um pouco da realidade de nossos sistemas, apesar de eles atenderem relativamente bem aos seus usuários, que estão muitas vezes plenamente satisfeitos, o código é um ema-ranhado de remendos, o modelo de dados é inexistente, o desempenho é sofrível porque nunca houve um trabalho sério de DBA, ocorrem problemas freqüentes de inconsistência nas informações e qualquer mudança gera efeitos colaterais na forma de novos bugs nas partes mais inesperadas do sistema, que não deveriam ter qualquer relação com a modificação.
<IMG> O curto tempo de vida da indústria de informática, junto com a crise em todo o nosso setor educacional, contribui bastante para este cenário. Temos uma grande escassez de profissionais qualificados e, junto com a falta de know-how sobre o correto gerenciamento de projetos de software, o resultado são sistemas de qualidade bastante inferior ao anunciado. Os desenvolvedores dessas empresas sabem disso, mas já estão acostumados à “mentira” que garante seus empregos e a rentabilidade dos seus empregadores.
<IMG> Então, para a grande maioria das empresas, portar o código para o GNU/Linux é a pior das opções, por mais difícil que seja admitir o fato. Qualquer empresa que já tentou portar o seu sistema criado em Clipper para uma versão Windows, ou sua versão Windows para uma versão habilitada para a Web, sabe disso. Além das dificuldades de desenvolvimento serem bem maiores do que as previstas, a dificuldade de implantação das novas versões tem criado um grande estresse com os clientes. Mudamos de ferramentas, mudamos de tecnologias, mas os problemas fundamentais de gerenciamento de projeto e de qualidade da mão-de-obra disponível permanecem inalterados.
<IMG> A adoção de software livre, seja o GNU/Linux ou qualquer outra ferramenta ou tecnologia relacionada, não vai resolver imediatamente a questão. Entretanto, depois de realizada a migração, o software livre tende a gerar mão de obra mais qualificada em menos tempo, e o reapro-vei-ta-mento de conhecimento e de código proporcionado por ela tende a fazer com que a qualidade dos sistemas melhore progressivamente. A simples adoção de software básico e de ferramentas de desenvolvimento livres, com menos bugs e maior segurança, já proporcionará um certo alívio e permitirá que os desenvol-vedo-res se concentrem mais na qualidade dos seus sistemas e menos em criar workarounds para bugs externos aos sistemas.
<IMG> Mesmo assim, existem hoje opções interessantes para a migração pura e simples, como o Kylix para usuários do Delphi, o Flagship para usuários Clipper e assemelhados e o InstantASP para usuários de ASP. Nenhum deles é software livre, mas já lhe permitem reduzir um pouco a sua dependência de tecnologias proprietárias. Ou então, partindo para a reescrita, temos Kylix, JBuilder, Visual Age for Java e Forte no mundo proprietário, ou, dentro do universo livre, Harbour, PHP, Zope, Tomcat, Python, Kdevelop, Glade e ArgoUML, entre outros, que permitem o desenvolvimento dentro dos padrões atuais de RAD e abrem para sua empresa o mercado GNU/Linux sem deixar de atender à sua clientela atual.
 
<IMG> Olhos
<IMG> É possível desenvolver softwares com tecnologias do universo do software livre e utlilizá-los sob um sistema proprietário
 
<IMG> O software livre tende a gerar mão-de-obra mais qualificada e em menos tempo
 
 

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