Revista Do Linux
 


 
EDIÇÃO DO MÊS
 CD do Mês


 Capa
 Entrevista
 Estudo de Caso 1
 Estudo de Caso 2
 Desenvolvimento
 Programação
 Segurança
 REDES
 Comunidade
 Lançamento
 Internacional
 Mascote
 Corporativo
 Distro
assinantes
 

Que pingüim é esse??

Simpáticos, adoráveis e o principal: vivem como uma comunidade

Pingüim Anão

Durante uma viagem à Austrália alguns anos atrás, Linus Torvalds, na companhia de Andrew Tridgell, criador do Samba, visitou o zoológico da cidade de Canberra. Foi então que, no cercado dos pingüins, algo terrível aconteceu: Linus foi bicado por um feroz pingüim que o infectou com uma doença pouco conhecida, a pingüinite, que faz com que seus portadores apresentem um estranho sintoma: eles passam a pensar em pingüins o dia inteiro, e no quão amáveis estas estranhas aves são. Mais tarde, este acontecimento influenciou Linus na escolha de um pingüim, o Tux, como mascote para a versão 2.0 de seu sistema operacional.

Brincadeiras quanto a pingüins ferozes e doenças desconhecidas à parte, o que “atacou” Linus foi na verdade um pingüim anão, também conhecido como pingüim azul, ou pingüim fada. Vivendo na costa sul da Austrália, Tasmânia e ilhas da região sub-antártica da Nova Zelândia, esta é a menor espécie de pingüim, medindo apenas 44 cm de altura e pesando cerca de 1 quilo. Caçam pequenos peixes e lulas próximo à costa durante o dia, retornando à praia, e a seus ninhos, em ravinas rochosas, cavernas ou trincheiras escavadas por eles próprios, durante a noite. São uma espécie estritamente costeira, e se adaptam relativamente bem à presença do homem: Há uma colônia deles a apenas alguns quilômetros do centro de Melbourne, Austrália, onde fazem seus ninhos no quebra-mar de um iate clube.

Tux

Tux, o mascote oficial de nosso sistema operacional preferido, foi criado por Larry Ewing como mascote para a versão 2.0 do Linux, após o próprio Linus ter sugerido a idéia. Tux “nasceu” em um 486 DX/50 rodando Linux e o Gimp, versão 0.54. O desenho foi depois colorizado e finalizado em uma estação gráfica SGI Crimson, também rodando o Gimp.

Há um Tux de carne, osso e penas vivendo no Zoológico de Bristol, na Inglaterra. Ele foi doado ao Zoo por Alan Cox e um grupo de linuxers ingleses em 1997, depois que alguém sugeriu dar um pingüim a Linus como presente de aniversário (Linus recebeu um certificado do Zoológico agradecendo a doação). O Tux “de verdade” é um pingüim africano (Jackass), cuja espécie é natural do litoral da Africa do Sul, e não se parece nem um pouco com o mascote criado por Larry Ewing...

Gentoo

Com seu bico é pés alaranjados, os pingüins Gentoo são a única espécie a ter uma aparência, vagamente, similar ao Tux. Vivem na costa da América do Sul, tendo sua principal colônia na costa Argentina, nas ilhas Malvinas (também conhecidas como Ilhas Falkland). Há duas subespécies, a do norte e a do sul, sendo que a do sul é menor, atingindo até 71 cm de altura e um peso de 5 quilos (contra 81 centímetros e mais de 6 quilos da variante do norte). Quando na água, seus principais predadores são o leopardo marinho e o leão marinho, duas espécies de focas. Seus ovos, se abandonados, podem virar presa fácil para pássaros como as skuas.

A distribuição Gentoo Linux (www.gentoo.org) herda seu nome desta espécie de pingüim.

Adelie

Os pingüins Adelie são a mais acrobática e divertida espécie de pingüim e, talvez por isso, uma das mais populares, imortalizados na imaginação de muitos como o “rapazinho de casaca” dos desenhos do Pernalonga. Possuem asas e bicos pequenos, uma longa cauda, tem cerca de 40 centímetros de altura e seu principal habitat são os grandes blocos de gelo na costa do continente Antártico. Com uma população de cerca de 2.5 milhões de indivíduos, são considerados uma espécie estável, sem risco atual de extinção

Os Adelie tem o hábito de mergulhar ao mar em grandes grupos para pescar (o que lembra um hábito similar dos lemingues, uma espécie de roedor), as vezes deslizando de barriga através do gelo, como Tux no jogo TuxRacer, até a água. Quando satisfeitos, voltam ao gelo dando grandes saltos, caindo de pé sobre os Icebergs.

Pinguim Imperador

A maior de todas as espécies, o imponente pingüim Imperador faz juz ao nome. Com mais de um metro de altura e pesando até 40 Kg, ostentam uma imponente plumagem com tons de amarelo e laranja, trazendo um pouco de cor ao desolado continente antártico, onde vivem

Graças à uma camada de ar aquecido, mantida entre suas penas, conseguem suportar temperaturas de até 40 graus negativos sem maiores problemas. Quando em terra (ou melhor, gelo), o pingüim Imperador não possui predadores naturais. Isso os torna valentes e curiosos, não se intimidando com a presença do homem.

Pingüim de Magalhães

A maior das espécies de pinguins de águas “mornas”, os pingüins de Magalhães, que receberam o nome de seu descobridor, Fernão de Magalhães, que os avistou pela primeira vez em uma viagem à América do Sul em 1519, vivem nas ilhas Malvinas e na costa da Argentina e do Chile. Medem cerca de 70 centímetros de comprimento, pesam em média 4 quilos e alimentam-se de lulas e pequenos peixes. Tímidos, costumam se esconder em seus profundos ninhos, escavados na base de rochas e arbustos, quando perturbados.

É nestes ninhos que os pingüins de Magalhães põem 2 ovos, que chocam cerca de 40 dias após a postura. Ambos os filhotes recebem atenção dos pais e são alimentados por eles durante 29 dias, tornando-se independentes por volta dos dois meses de idade. A maior ameaça aos pingüins de Magalhães não são seus predadores naturais, mas sim o homem, que causa derramamentos de óleo e pesca em excesso em suas áreas de alimentação. Redes de pesca também são uma ameaça, já que os pingüins não conseguem vê-las enquanto caçam peixes, e acabam presos.

Esta espécie pode ser conhecida de alguns leitores, já que durante o inverno costumam migrar em busca de águas e climas mais amenos, chegando, freqüentemente, à costa dos estados do sul do Brasil, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e, por vezes, até a costa do Rio de Janeiro.

Saiba mais:

The Penguin Page: users.capu.net/~kwelch/pp/

A complete history of Tux: www.sjbaker.org/tux/

Página oficial do Tux: www.isc.tamu.edu/~lewing/linux/

Veja também:

  • www.penguin.net.nz
  • www.emperor-penguin.com
  • www.galen-frysinger.org/penguins.htm
  • www.siec.k12.in.us/~west/proj/penguins/species.html
  • www.seaworld.org/infobooks/Penguins/home.html

    Rafael Rigues - rigues@RevistaDoLinux.com.br


  • A Revista do Linux é editada pela Conectiva S/A
    Todos os Direitos Reservados.

    Política de Privacidade
    Anuncie na Revista do Linux