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Corporativo

Por dentro do IBM Regatta

A máquina é a primeira a chegar no mercado com o processador Power4, com dois processadores em um único chip

A IBM lançou o servidor eServer pSeries 690, codinome Regatta, com inovações no hardware e software. O Regatta é um servidor Unix ~Shigh-end~T e vem com o microprocessador Power4 - o primeiro com dois processadores em um único chip. O Power4 utiliza a tecnologia de cobre e ~SSilicon-on-Insulator~T (SOI) e, de acordo com o fabricante, é o chip de uso comercial mais rápido disponível no mercado. Para o gerente de vendas de WebServers da IBM América Latina, Marcos Paraíso, o Regatta é o primeiro da nova geração de servidores IBM pSeries que vem atender a demanda de empresas que possuem aplicações Unix grandes e complexas como as desenvolvidas para plataforma mainframe e que precisam de alta capacidade de processamento e disponibilidade. ~SSão mais de 5.100 pontos do servidor constantemente monitorados para diagnosticar antecipadamente possíveis falhas, permitindo o reparo sem que o equipamento precise ser desligado~T, diz Paraíso.

~SAs empresas que têm aplicações Linux poderão consolidá-las com o Regatta, rodando Linux na forma nativa, configurando uma ou mais partições lógicas Linux ou mesmo fazendo uma simples recompilação das aplicações Linux para rodá-las sob o AIX 5L~T, explica o gerente de Marketing de WebServers da IBM Brasil, Antonio José de Barros da Silva. O Regatta pode ser configurado com até 32 processadores, oferecendo ainda uma expansão com até 256 Gigabytes (GB) de memória, 160 slots PCI e mais de 4,5 terabytes (TB) de capacidade de armazenamento.

De olho na redução do Custo Total de Propriedade (TCO), a IBM fez do Regatta uma máquina com maior capacidade de processamento com um menor número de processadores. A arquitetura compacta do Regatta diminui a probabilidade de falhas e os custos de manutenção, ao mesmo tempo em que diminui o preço pago por licenças de software, geralmente cobradas de acordo com o número de processadores da máquina.

Para ampliar a participação no mercado de servidores no Brasil, a IBM tem concentrado suas ações em cinco áreas principais relacionadas aos servidores Linux. Consolidação de Servidores, Cluster Linux, Computação Distribuída, Infra-estrutura (appliances) e Middleware/aplicações. ~SEstas são as áreas em que podemos aportar a maior contribuição para nossos clientes. E temos hoje diversos exemplos mundiais e locais de empresas implementando soluções Linux com a IBM nestas áreas~T, lembra Marcelo Braunstein, gerente de Vendas e Marketing de Soluções Linux da IBM na América Latina. Entre as empresas que estão trabalhando com as soluções IBM estão a Ligbr (consolidação de servidores), Pemex - Petrolífera do México (Cluster Linux), Casas Bahia (Computação Distribuída) e outros clientes que usam os servidores IBM para funções de infra-estrutura (firewall, DNS, file/print servers etc.).

Para IBM, Linux está em expansão

O Custo Total de Propriedade (TCO) foi capa da edição de Outubro da Revista do Linux e é sobre ele e o mercado de servidores no Brasil que a Revista do Linux conversou com o engenheiro da IBM Marcelo Braunstein. Ele é gerente de Vendas e Marketing de Soluções Linux na América Latina. Braunstein ingressou na IBM em 1987 como analista de sistemas responsável pela área de banco de dados relacionais e produtos correlatos e, em junho de 2001, foi designado para a sua atual função de vendas de soluções Linux, envolvendo as áreas de hardware, software e serviços.

Revista do Linux - Como o senhor avalia o mercado de servidores Linux no Brasil e na América Latina?

Marcelo Braunstein - Este é um mercado em franca expansão na América Latina e em particular no Brasil. O uso do Linux tem sido foco de interesse de diversas empresas que querem consolidar seus serviços de IT e querem reduzir seus Custos Totais de Computação (TCO). O uso do Linux provê exatamente isto, um TCO menor.

RdL - A economia proporcionada com soluções livres é um dos maiores atrativos para as empresas brasileiras. Como a IBM pretende aumentar a sua participação no mercado brasileiro de servidores?

MB - A IBM está aumentando a participação no mercado de servidores por ter sido a pioneira em disponibilizar soluções Linux para clientes corporativos. Em particular, na área de consolidação de servidores, as quatro famílias de servidores eServer oferecem funcionalidades inigualáveis no mercado. A família xSeries com os servidores x440 e com a ferramenta VMWare oferece particionamento por software dos diversos processadores do equipamento. As famílias iSeries, pSeries e zSeries oferecem a capacidade de particionamento lógico (LPAR) que permite ter em um único equipamento diversos Sistemas Operacionais simultaneamente, sendo o Linux um destes. E não é apenas uma questão de consolidação. Existe também a capacidade de coexistência e compartilhamento de informações entre as diferentes LPARs, protegendo assim o investimento realizado pelo cliente. No caso particular da família zSeries, existe ainda o sistema operacional zVM que permite que se tenha centenas e/ou milhares de máquinas virtuais Linux em um único mainframe!

RdL - De que maneira as soluções propostas pela IBM podem reduzir o TCO das empresas?

MB - A questão do TCO é muito pertinente. O cliente deve avaliar os diferentes componentes de uma solução ao fazer um investimento. O software é um dos elementos. Ao utilizar o Linux, por exemplo, em dispositivos distribuídos como Pontos de Venda (POS) ou ATMs pode-se obter uma redução significativa nos gastos com licenças de sistema operacional. Pelo lado do hardware, quando consolidamos vários servidores em um equipamento maior que dispõe da capacidade de particionamento lógico, obtemos reduções de despesas no número de pessoas na gerência do ambiente, em espaço, eletricidade, entre outros. A manutenção do ambiente e dos equipamentos também se reduz quando temos menos servidores. Outro ponto fundamental que deve ser incluído na conta do TCO: o custo de indisponibilidade. Este é um fator fundamental para avaliar corretamente o TCO. Qual a necessidade da aplicação que está sendo executada? 8x5, 24x7, 24x7x365? O custo do minuto parado tem que ser levado em conta. Os servidores IBM são lideres em seus mercados e proporcionam o melhor TCO para as empresas.

RdL - Quais projetos com servidores IBM/Linux estão sendo implantados no país?

MB - As Casas Bahia recentemente anunciaram que estão implementando aplicações Linux em todos os seus Pontos de Venda IBM. Os servidores das lojas também estão migrando para o Linux. Este é um caso pioneiro no Brasil. Várias bancos estão avaliando o Linux para os servidores de suas agências e para uso específico em servidores centrais. Empresas de telecomunicações que já usam o Linux em larga escala estão procurando a IBM para consolidar seus servidores. E, claro, o middleware IBM está disponível para executar aplicações Linux. Vários clientes estão portando suas aplicações para o mundo Linux em servidores IBM.

RdL - Que novas tecnologias estão sendo incorporadas nos servidores pSeries, e de que maneira a comunidade Linux pode ser beneficiar delas?

MB - A principal delas é a capacidade de particionamento lógico. A família pSeries oferece até 16 partições que podem estar executando Linux ou o AIX 5L (na verdade, o L do AIX vem de Linux). Ou seja, aplicações Linux podem ser recompiladas e executar no AIX. O cliente tem a opção de escolher o ambiente que vai executar seu aplicativo.

RdL - Que diferenciais a IBM oferece com relação à concorrência no segmento de servidores Linux?

MB - Além das vantagens descritas nas perguntas anteriores, gostaria de mencionar duas organizações: o LTC - Linux Technology Center e o LIC - Linux Integration Center. O LTC é formado por mais de 300 profissionais em todo o mundo com o único objetivo de desenvolver código, drivers e soluções para o kernel do Linux, com o objetivo de tornar o sistema operacional ainda melhor. O LIC tem a missão de integrar os servidores e o software IBM e de terceiros com as aplicações do mercado que os clientes desejam utilizar. E isto é um grande diferencial que a IBM oferece a seus clientes.

RdL - Como será a relação da IBM com as distribuições Linux? Quais as distribuições que estão sendo portadas para os novos servidores Linux que a empresa está oferecendo ao mercado?

MB - A IBM suporta duas distribuições: a Red Hat e a United Linux (consórcio entre Conectiva, Suse, SCO/Caldera, Turbolinux). É impossivel testar todas as possibilidades de kernels, todas as distribuições disponíveis, todos os middlewares e todos os hardwares. Por isso, a IBM optou por suportar oficialmente apenas estes dois grupos. Isto não quer dizer que outras distribuições não executem em nossos servidores, mas não oferecemos suporte oficial para elas. Suportar significa que a IBM oferece suporte ao hardware e software para estas distribuições.

RdL ~V Recentemente, a IBM fez um acordo de cooperação com a Red Hat. A empresa irá fornecer o sistema operacional Red Hat Linux Advanced Server para a linha de servidores eServer da IBM, incluindo as linhas zSeries, iSeries e pSeries. A IBM não pretende ter a sua própria distribuição, ou continuará a fazer parcerias com outras distros, como no caso da Conectiva, no Brasil?

MB - Este acordo foi anunciado recentemente. Já tínhamos um acordo semelhante com a SuSE, que havia sido anunciado anteriormente. Na verdade, temos uma forte parceria na América Latina com as principais distribuições aqui presentes. Conectiva, Red Hat, Suse e SCO têm participado de atividades conjuntas com a IBM, como ocorreu em junho, em São Paulo, no evento ~SIBM eServer + Linux = integrando um novo mundo~T, no qual todas estiveram presentes. É importante frisar que a IBM não pretende e nem planeja ter uma distribuição própria. Afinal, esta é a beleza fundamental do Linux: é um código aberto e desenvolvido por todos. E a IBM, contribui para o desenvolvimento do kernel do Linux através do LTC. (RA)

legenda box: Marcelo Braunstein

Funcionalidades

O pSeries p690 possui funções de auto-gerenciamento desenvolvidas pela IBM em seu projeto eLiza e que se baseiam em elementos como: processador de serviço integrado para monitorar operações do sistema e efetuar ações preventivas ou corretivas; Realocação Dinâmica de Processador, que automaticamente redistribui as tarefas de um processador com problemas em potencial, de modo que as aplicações continuem operando normalmente e sem interrupção; memória Chipkill; alimentação de energia e ventiladores de resfriamento redundantes e com características hot-plug, entre outros.

legenda materia: eServer pSeries 690

Saiba mais:
IBM pSeries 690: makeashorterlink.com/?L22B32B62
Power 4 System Microarchitecture: makeashorterlink.com/?U23B11B62


Rodrigo Asturian - asturian@RevistaDoLinux.com.br


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