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Conexão em terra, mar e ar

A Sodexho, maior organização de alimentação do mundo e segunda nesse segmento no Brasil, tem algumas necessidades de comunicação incomuns e alguns problemas incontornáveis. A comunicação com seus restaurantes localizados em pontos inusitados como plataformas marítimas que ficam distantes da costa ou minas de cobre localizadas a 300 metros de profundidade do solo, por exemplo, ainda hoje precisa ser feita por disquete.

Até recentemente, para interligar os 450 sites da empresa instalados na América Latina, e cujos dados são processados no Brasil, a Sodexho utilizava um serviço Frame Relay. Mas, como observa Alexandre Teixeira, coordenador de infra-estrutura em comunicação da Sodexho, há muito tempo a empresa cogitava a troca. "O custo do Frame Relay estava muito alto, e a opção por uma conexão VPN (Virtual Private Network), que trabalha por demanda, parecia atraente", explica, acrescentando que a idéia era aproveitar essa mudança para também passar a utilizar o Linux no gerenciamento da comunicação da rede.

A favor do Linux, Teixeira lembra ainda que a equipe de tecnologia da informação da Sodexho, por ter trabalhado muito tempo com o sistema operacional SCO, possuía experiência em Unix, que seria de grande valia com Linux. Paralelamente, também pesou na decisão o fato de a empresa ter um problema crônico que desapareceria sob Linux: um parque de máquinas muito heterogêneo, caracterizado pela existência de equipamentos novos convivendo com hardware bem antigo, como os PCs 486 existentes em alguns dos restaurantes, principalmente nas localidades mais afastadas, e por isso mesmo de substituição complicada.

Nesse contexto o software Metaframe foi se impondo como a solução mais interessante, por dispor da possibilidade de redução de custo de hardware, uma vez que oferece máquinas virtuais no servidor. Nessas máquinas virtuais todo o processamento se dá no servidor, que, por sua vez, responde às requisições dos clientes como se eles fossem apenas terminais burros. Localmente todos os restaurantes usam um "miniERP" para fazer o fechamento do caixa, planejamento de cardápios, controle do estoque de alimentos e dos vales de alimentação. Resolvido o processamento interno da unidade, estas conectam-se à central a fim de exportar os dados para o SAP da matriz, que responde por todo o processamento da gestão administrativa e de produção. Os restaurantes que não dispõem de uma conexão fazem a mesma operação através de disquetes ao final do mês.

Implantada a solução baseada em Linux para gerenciar as conexões VPN, confirmou-se a expectativa inicial, pois a VPN apresentou um desempenho melhor e custos operacionais muito menores. Além disso, Teixeira lembra que, porque se decidiu trabalhar apenas por demanda, até nas conexões discadas não houve queda na performance. "Havia um desperdício de conexão porque a maior parte dos restaurantes precisa de acesso apenas em algumas horas do dia, o que representava um enorme tempo ocioso", completa.

Somada à redução do custo de comunicação, a Sodexho também contabilizou uma considerável economia com o Linux, uma vez que a opção por um Unix comercial implicaria custos com softwares como proxy e firewall, além de conexão a outros serviços de rede. E as vantagens proporcionadas pela nova solução não foram só econômicas. "A segurança e a estabilidade do servidor que gerencia a VPN é fundamental, e o Linux vem se mostrando bem adequado à tarefa. Nos picos de acesso durante o dia, ele nos dá garantia de estabilidade", conclui Teixeira.

Sobre a Sodexho

A Sodexho é uma organização de origem francesa que contabiliza um faturamento anual, em todo o mundo, de cerca de US$ 11 bilhões. A operação no Brasil, que teve início em 1978, atualmente registra 7.400 colaboradores, faturamento de R$ 230 milhões e um total de 500 restaurantes.


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