Linux na escola
Colégio Albert Sabin monta uma rede de comunicações que
muito em breve deve ser 100% baseada em Softwares Livres
O Colégio Albert Sabin, localizado no bairro do Butantã em São Paulo-SP, está obtendo vários benefícios com a implantação de uma rede de comunicação com ambiente Linux. A escola, por meio da direção do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, em conjunto com a PL Tecnologia, integradora de São Paulo responsável pela implantação de toda a rede, optou pelo sistema Linux por três características: estabilidade, baixos custos e alta performance. De acordo com Natanael Gomes de Almeida, coordenador do CPD do Albert Sabin, esses benefícios vêm sendo comprovados desde a instalação do sistema.
A rede do colégio conta com seis servidores (sendo um gateway, três servidores Linux, um de arquivo e um servidor de e-mail) que administram mais de 80 estações de trabalho. Os servidores Linux estão instalados em três laboratórios, dois de pesquisa e um de consulta (biblioteca). Esses laboratórios estão interligados ao gateway por meio de fibra óptica. Entre os sistemas que rodam na rede está o Acadêmico, software customizado para o Albert Sabin que oferece recursos específicos para área da Educação ~V que, segundo o coordenador do CPD, é o único em toda a solução tecnológica implantada na instituição que ainda roda em Windows NT.
De acordo com Almeida, as funções dos servidores Linux que rodam na escola são as mais diversas. ~SCom o Squid são criadas as restrições de acesso aos alunos, de forma que só podem acessar o que os professores autorizam, e, com o auxílio do Samba, trabalho com o Scua, que é um programa que restringe o acesso às configurações internas do Windows~T, explica. Ele enumera ainda um servidor de gateway principal que distribui o acesso à Internet aos laboratórios, servidores e rede acadêmica, e o servidor de suporte, que faz o armazenamento de arquivos para backup, drivers do Windows para manutenção e DNS backup.
A solução tecnológica em operação no colégio ainda não está concluída, e mudanças estão previstas. ~SApós a conclusão de testes com o Samba e o Acadêmico, estaremos eliminando o único servidor Windows NT~T. Todo o processo de migração dos servidores para Linux não foi fácil. Para Almeida, o Windows está arraigado nos hábitos, na rotina das pessoas. ~SPassei por uma fase de desintoxicação com a implantação do Linux. Hoje, vejo que o Linux é amigável e permite às estações de trabalho os mesmos recursos que os sistemas operacionais concorrentes (editor de texto, editor de imagem, planilhas, entre muitos outros)~T, comenta.
O coordenador de CPD pretende implantar o Linux também nas estações de trabalho dos laboratórios do Colégio Albert Sabin. ~SEsse é um trabalho de médio prazo~T, conta. Ele explica que a mudança de plataforma de trabalho deve ser gradual. ~SPara isso, devo ministrar instruções para os funcionários da biblioteca e alguns professores~T, acrescenta. Quanto ao processo de adaptação dos usuários finais (no caso, os alunos do Colégio Albert Sabin), Almeida prevê que os problemas seriam pequenos, e que, ao disponibilizar o Linux como estação de trabalho, seria permitido apenas logar e executar o StarOffice e um navegador, entre outras aplicações, como impressão de arquivos. ~SPor ser um sistema operacional de código aberto, temos a facilidade de modelá-lo de acordo com nossas necessidades~T, complementa.
Modelo
Inaugurado no dia 3 de outubro de 1993, o Albert Sabin, localizado no bairro do Butantã em São Paulo, atende aos alunos da educação infantil, ensino fundamental e médio. O colégio conta com 17.500 metros quadrados distribuídos em três prédios principais com 43 salas de aula no total, laboratórios, bibliotecas, ginásio poliesportivo e pátio externo. O espírito humanitário e perseverante do Dr. Albert Sabin é o modelo inspirador das diretrizes de ensino propostas pelos fundadores do Colégio que leva o seu nome.
Para saber mais:
Colégio Albert Sabin - www.albertsabin.com.br
PL Tecnologia - www.pl.com.br
Rodrigo Asturian - asturian@RevistaDoLinux.com.br