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Vídeos no Linux

A legalidade e ética dos diversos tipos de conteúdo multimídia disponíveis na Internet são questionáveis, embora de fato existam muitos vídeos e músicas perfeitamente legais disponíveis - um exemplo simples é a grande quantidade de trailers de filmes encontrados nos sites especializados em cinema.

Até recentemente, grande parte desses vídeos não podia ser visualizado no Linux. Não me faziam grande falta, tanto que ainda não instalei o suporte a eles. Mas a simples notícia de que o visualizador MPlayer (www.mplayerhq.hu) agora é capaz de exibir vídeos em todos os formatos usuais (incluindo RealAudio/Video 9, Windows Media Audio/Video 9, Quicktime com codec Sorenson v3 e QDesign Music Audio) já me faz ter vontade de comemorar.

Muitas vezes ouvi pessoas reclamarem de que não conseguiam abandonar outros sistemas operacionais para seu uso pessoal e doméstico, devido à falta de aplicações multimídia comuns, como visualizadores de vídeo. Certo, ainda faltam algumas delas, incluindo alguns jogos e clientes P2P populares como o Kazaa. Mas já temos alternativas, inclusive emuladores que permitem a execução de jogos de outras plataformas e até mesmo do Kazaa (embora com alguma ginástica).

Assim, os usuários de Linux domésticos já podem ter acesso às mais populares modas da Internet, incluindo os downloads de todos os tipos de arquivos, jogos como o Counter Strike e vídeos em praticamente todos os formatos. A necessidade de emulação é um ponto fraco, mas pode ser encarada como uma transição - ao menos, já temos as aplicações.

O lado bom: cada vez menos barreiras para a entrada do Linux no dia-a-dia do usuário desktop doméstico.
O lado ruim: depender parcialmente ou totalmente de emulação, com todos os aspectos negativos que isso traz, inclusive eventuais perdas de desempenho.

Resoluções de ano novo

O novo ano já começou faz tempo, mas ainda dá tempo de algumas propostas e resoluções de ano novo. Eu tenho duas sugestões para você incluir entre as suas.

A primeira delas é: "Vou manter atualizados todos os meus servidores e estações de trabalho". A maior parte das distribuições modernas (Debian, Conectiva, Red Hat, SuSE, Mandrake e outras) já dispõe de ferramentas de atualização automática via Internet, e aí restam poucas desculpas para não aplicar as correções de falhas de segurança lançadas sempre que se detecta algum problema.

A existência de servidores desatualizados conectados à Internet é um problema global, porque eles podem ser invadidos e utilizados como base para ataques a outras redes, até mesmo sem o conhecimento de seus proprietários - que não deixam de ser responsáveis pelo mal praticado.

E se você opta por usar uma distribuição na qual as atualizações são difíceis ou manuais, tudo bem - desde que você esteja disposto a fazê-las. Lembre-se de que o risco não é só seu. Além disso, por mais injusto que seja, servidores Linux invadidos sempre são motivo de críticas ao sistema operacional, mesmo quando o verdadeiro culpado é um administrador preguiçoso.

A segunda tem menos caráter de puxão de orelhas e mais aspecto de sugestão: criar um "diário de bordo" das suas experiências com o Linux. Pode ser um caderno (recomendo uma agenda, com uma página por dia), ou até mesmo uma página na web ou um weblog - o meu site (www.linux.trix.net) nasceu assim.

Com um diário de bordo você pode identificar padrões de falhas (aquele backup que só falha na primeira terça-feira de cada mês), e sempre vai lembrar quando foi a última vez que fez o upgrade do sendmail. E vai saber onde procurar aquele comando maluco que usou 4 meses atrás para localizar todos os arquivos alterados nos últimos 3 dias.

Todo administrador de sistemas deveria ter seu diário de bordo, e as pessoas que gostam de fazer experiências com o Linux também podem aproveitar a idéia. Quem sabe um dia eles não poderão servir de base para um artigo na RdL (comigo sempre acontece) ou mesmo um livro?

O lado bom: sistemas seguros, atualizados e documentados
O lado ruim: relatar suas atividades diariamente pode ser uma atividade chata a princípio. Mas depois que você acostuma, torna-se algo natural, e você considera qualquer atividade como incompleta até ter tido tempo de registrá-la.


Augusto Campos - brain@matrix.com.br


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