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Clube da Luluzinha... virtual

O espaço das mulheres, cada vez mais ativas na comunidade Linux

Trabalhar com GNU/Linux é trabalhar em comunidade e sem limitação de fronteiras. Literalmente. Graças ao Linux, por exemplo, Andréa Fabiana Flores, uma estudante curitibana de 23 anos, antes mesmo de botar os pés fora do Brasil, tinha empreendido fantásticas viagens virtuais ao lado de pessoas internacionalmente reconhecidas na comunidade Linux. Essa é uma das inúmeras possibilidades que se abrem para quem veste a camisa de linuxer.

Linuxer há cinco anos, acabou se engajando no projeto Linuxchix. Esse projeto, que conta com o apoio do CIPSGA (Comitê de Incentivo à Produção de Software GNU e Alternativo), tem o objetivo de não só agregar a comunidade feminina como estimular o aumento da participação das mulheres em torno do desenvolvimento do Linux. Mundialmente, o projeto, criado em 1999 por Deb Richardson e que tem sede em Ottawa, no Canadá, já possui 28 sedes em atividade na Austrália, Estados Unidos e diversos países europeus.

"Na Europa, as mulheres que trabalham com Linux já estão muito unidas, promovem encontros e discutem problemas comuns", explica Fabiana, acrescentando, porém, que o fato de ser constituído prioritariamente por mulheres, não impede que homens também participem. "Na verdade, são muitos os homens que participam dos projetos da linuxchix.org, e todos trabalham para as grandes distribuições Linux, como RedHat, Debian, Slackware e até para a Transmeta e que assinam a lista linuxchix", completa.

A seu ver, com a rápida expansão do uso do Linux no Brasil, o Linuxchix tende a se fortalecer muito. Ele é uma etapa imprescindível para as usuárias novatas interessadas em aprofundar seus conhecimento sobre o sistema. A necessidade de criar uma lista de discussão voltada para o público feminino pode ser fundamentada em um exemplo prático descrito por Fabiana. "Participar de uma lista de discussão ou canais de IRC é bom, mas dependendo da pergunta que se faça, a pessoa pode ser bombardeada por piadinhas e críticas, ainda mais quando se carrega um nick feminino", explica.

Sobre a participação feminina no Linux, Fabiana cita alguns casos de mulheres que estão desenvolvendo trabalhos de grande importância para a comunidade GNU/Linux. Linda Walsh, engenheira sênior da equipe de tecnologia de segurança/kernel linux da SGI, por exemplo, está desenvolvendo uma tecnologia de auditoria que poderá ser utilizada para detectar invasões de sistema em tempo real. Caroline Dahllof, colabora com Calvin Willianson no desenvolvimento de novas bibliotecas de processamento de imagens da futura versão do Gimp (2.0), é outro destaque. Vale lembrar os casos de Telsa Gwynne, que, por sua atividade de testar produtos, tornou-se conhecida como "destruidora de software" e da holandesa Pauline Middlelink, pioneira da Web.

Fabiana ainda nem completou seu curso de Análise de Sistemas, mas vai proferir uma palestra agora em maio no II Fórum de Software Livre de Porto Alegre. Escreve atualmente a coluna Mulheres & Computadores na RdL, publicada na edição online. Sobre sua expectativa quanto a palestra no Fórum, Fabiana comenta que: "essa será uma boa oportunidade de esclarecer dúvidas de muitas pessoas interessadas em saber mais sobre a comunidade linuxchix no Brasil".


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