Revista Do Linux
 
  
  
   

EDIÇÃO DO MÊS
  Para assinantes

  CD do Mês
  Capa
  Entrevista
  Estudo de Caso
  Desenvolvimento
  Programação
  Internacional
  Distro
assinantes
 

Cartas

Linguagem estranha

Prezados Srs., o grupo Perl Mongers de Brasília vem através desta demonstrar repúdio à matéria na edição número 29 da Revista Do Linux, onde o senhor Fernando Lozano descreve Perl como sendo uma linguagem “estranha”. Acrescento ainda que “estranho” nao é parâmetro conhecido na Ciência da Computação, e tampouco consta do vocabulário de um jornalista profissional ao descrever uma tecnologia respeitada em todo o mundo. Jose Melo de Assis Fonseca
jfonseca@ezhostel.com
brasilia.pm.org

Antes de mais nada, gostaria de dizer que Perl é uma linguagem poderosa e que admiro muito. Não me parece que nada no meu artigo tenha “desrespeitado” a linguagem Perl. Na verdade, em vários artigos e no meu livro “Java em GNU/Linux” eu forneço informações úteis para desenvolvedores Perl. Perl é uma ferramenta importante para o desenvolvedor de software livre, assim como PHP, Python, TCL, C e Java.

Espero que você e outros leitores compreendam que não tenho qualquer intenção ou interesse em denegrir a linguagem Perl. Mas eu também sou um consultor honesto, e, no contexto do artigo, a linguagem Perl não era a melhor opção a ser recomendada.

O artigo em questão, assim como a maioria dos meus outros artigos publicados na Revista do Linux, foi escrito focando o desenvolvedor corporativo, aquele que está habituado com COBOL, Clipper, Visual Basic, Delphi, PL/SQL e coisas do gênero. Como um programador sem experiência prévia com shell scripts descreveria coisas como @_, $? e <>, que são variáveis válidas em Perl? Como ele avaliaria o uso de hashes para simular objetos e contornar outras limitações das estruturas de dados em Perl? Como ele, mesmo que já tivesse conhecimento prévio de C ou Java, avaliaria algo como &conecta_bd || die ('Não pude conectar ao banco').

Perl é sem dúvida uma “linguagem estranha” para o desenvolvedor DOS/Windows/Mainframe. É muito diferente de tudo o que ele conhece. A adaptação é difícil, porque ela é baseada em muitos conceitos diferentes das linguagens estruturadas tradicionais.

Se você procurar em qualquer dicionário da Língua Portuguesa verá que “estranho” não é necessariamente um termo depreciativo. Qualquer coisa desconhecida para uma pessoa é “estranha” a ela. Foi esta a minha intenção no artigo: indicar que o desenvolvedor corporativo, acostumado com ferramentas RAD do Windows, como VB e Delphi, teria uma dificuldade a mais na adoção de ferramentas baseadas em Perl.

Eu não sou jornalista, sou apenas um consultor de TI. Mas posso afirmar que, se “estranho” é um vocábulo da língua portuguesa, não existe motivo para evitá-lo em um artigo impresso de qualquer espécie e muito menos em um artigo técnico de informática. “Estranho” também não tem um significado como jargão da área, portanto o seu uso não gera confusão.

O sentido mais coloquial do termo também me parece adequado ao contexto do artigo. Imagine um programador acostumado com VB lendo uma listagem de um programa em Perl. Desde que a VB não seja a única linguagem de programação conhecida por ele, não teria muita dificuldade em acompanhar e entender um programa escrito em Python ou PHP. Mas no programa em Perl, ele encontraria uma série de construções desconhecidas, não facilmente relacionáveis com o seu conhecimento prévio. Ele então pensaria: “Que linguagem mais estranha!
Fernando Lozano
fernando@lozano.eti.br

Elogios

Muito bom o CD que acompanhou a Revista 30, principalmente por conter uma versão Windows do OpenOffice, que aliás me surpreendeu muito, tanto a versão Windows quanto a Linux, na velocidade e compatibilidade com o Microsoft Office. Assim posso mostrar para alguns amigos que o software livre tem qualidade. A matéria de capa está muito boa e o tutorial de gravação de CDs também. Continuem assim. Leonardo G. Vieira III
leogvt@linuxbr.com.br

Sugestão

Gostaria de ver novamente na revista seções como a “Comandos Avançados” do Edson Figueira. Sempre foi a seção que mais me chamou atenção na Revista e é uma pena que não existe mais. Concordo que a Revista do Linux não deve servir somente aos leitores experientes, e aprecio as outras matérias, porém, os usuários avançados também devem ter o seu espaço. Filipe Niero Felisbino
filipe@plaszom.com.br

Errata - Edição 30

Na edição 30 (Junho/2002) da Revista do Linux, deixamos de incluir em nosso CD o Transcode (software Open Source importante para quem quiser seguir o artigo e criar seus próprios VCDs) ou um link para sua página oficial. O programa, com um tamanho de apenas 2 MB, pode ser baixado em www.theorie.physik.uni-goettingen.de/~ostreich/transcode/. Pedimos desculpas pela omissão.


Fale conosco

Cartas

A seção C@rtas (cartas@RevistaDoLinux.com.br) é destinada ao leitor para que opine sobre o conteúdo da Revista


A Revista do Linux é editada pela Conectiva S/A
Todos os Direitos Reservados.

Política de Privacidade
Anuncie na Revista do Linux