Revista Do Linux
 


 
EDIÇÃO DO MÊS
 CD do Mês


 Capa
 Entrevista
 Estudo de Caso 1
 Estudo de Caso 2
 Software
 Programação
 Ferramenta
 Serviço Público
 Comunidade
 Emulador
 Banco de Dados
 WEB
 Corporativo
 Distro
assinantes
 

Java interativo

Novas ferramentas de desenvolvimento Java chegam para o ambiente Linux

O BlueJ é um ambiente de desenvolvimento de software interativo para ser utilizado com a linguagem de programação Java, sendo o próprio BlueJ desenvolvido em Java.

Esta ferramenta tem como objetivo ser o ponto inicial da modelagem e implementação de um sistema orientado a objetos, onde ela permite a modelagem de classes, que, na análise orientada a objetos, é denominada de Diagrama de Classes. Neste diagrama temos a opção de utilizar os recursos de herança e associação de classes.

O software permite que o trabalho seja iniciado totalmente nele, onde é modelado classe a classe, a partir do projeto a ser executado ou, se preferir, importar todo o código fonte em Java para a ferramenta, a partir de um projeto já existente. Com a opção de adicionar à ferramenta um conjunto de classes já existentes, o próprio software já realiza a validação de cada classe para a identificação de erros de programação, herança e associação, gerando o Diagrama de Classes depois de concluída a operação.

Com a modelagem de classes, o BlueJ possui um recurso muito útil que é a identificação de uma classe que não foi compilada ou que está com algum tipo de problema, através do preenchimento de seu interior com hachuras.

A compilação de um projeto pode ser realizada utilizando todas as classes existentes ou apenas as classes desejadas, sendo necessário apenas clicar com o botão direito do mouse sobre uma determinada classe e selecionar a opção de compilação.

Se clicarmos em uma determinada classe, o software abre um editor de texto com opções de compilação, recortar, copiar, colar e desfazer, tendo este editor no seu menu opções de inserção de métodos, com comentários para que o desenvolvedor altere as informações. No editor de texto, é possível também selecionar duas opções: “implementação” e “interface”,. tendo a opção de implementação a funcionalidade de mostrar o código fonte e a opção de interface de pegar o código fonte e gerar a documentação nos padrões da Sun, com a ferramenta javadoc. O editor ainda realiza um destaque de cores, separando comandos reservados da linguagem e o código fonte inserido pelo programador.

O BlueJ permite trabalhar com vários projetos ao mesmo tempo, sendo que estes projetos são organizados cada um em seu específico diretório. A versão testada não permitiu a existência de dois projetos no mesmo diretório.

O software ainda traz uma opção de debug e de terminal, sendo o debug de fácil manuseio e o terminal apresentando informações que o Java joga no console.

O BlueJ possibilita pegar uma classe do Diagrama de Classes e executá-la, sendo o objeto gerado colocado no rodapé da tela de projetos com a cor vermelha. Este objeto pode ser inspecionado, mostrando todos os valores existentes em campos Estáticos e campos Objetos. O objeto ainda possibilita executar métodos que foram criados nele ou herdados de suas super classes, possibilitando atribuir valores de parâmetros e capturar os resultados dos métodos executados.

O que precisa melhorar

No processo de importação de todos os nossos sistemas, o BlueJ identificou erros no nosso código fonte, mostrando mensagens de erro para um melhor entendimento do problema. Com o processo de crítica gerado pela importação, passamos a ter idéia da solução adequada, mas algumas vezes o aplicativo se perdeu na compilação, sendo necessário fechá-lo e abri-lo de novo. Tirando este inconveniente, todos os programas foram inseridos e compilados. Depois da primeira compilação total de todos os programas, a ferramenta se demonstrou estável.

O software não trabalha com o conceito de “packages” da linguagem Java, sendo esta deficiência corrigida pela criação de diretórios para cada projeto e configuração do ambiente de trabalho com uma ferramenta chamada: “User Libraries”, onde se adicionam arquivos Jar e os diretórios desejados. Após esta configuração, os aplicativos passam a ter um comportamento de “packages” da linguagem Java. A não utilização do comando “package” encontra-se na própria documentação do BlueJ, com as especificações de correção para o problema.

A maior deficiência da aplicação é a inexistência de um recurso de Zoom para uma melhor visualização das classes na área de trabalho e a impossibilidade de indicarmos os caminhos das linhas de conexão das classes.


Nelson Abu Samra Rahal Junior - abu@prosul.com


A Revista do Linux é editada pela Conectiva S/A
Todos os Direitos Reservados.

Política de Privacidade
Anuncie na Revista do Linux