Recursos inteligentes
Além de serem soluções movidas a Linux, fazem uso intensivo de recursos de inteligência artificial
Um kit composto por hardware e software chamado WCK 2000 e uma "black box" batizada por NAS, são dois dos produtos desenvolvidos pela empresa carioca NET OPEN, há treze anos no mercado de comunicações de longa distância. O que nos chama a atenção nesses dois produtos, além de serem soluções movidas a Linux obviamente, é o uso intensivo de recursos de inteligência artificial, monitorando o tráfego da rede e diagnosticando seus gargalos lógicos e físicos. Poderosos algoritmos de mineração de dados conduzem esses diagnósticos e dispensam a intervenção de administradores nas redes locais, além do que, esses "agentes inteligentes" estão permanentemente buscando meios de obter maior performance.
E conseguem.
O preço do hardware, do software, os custos com os especialistas em servidores e os técnicos em roteadores são os maiores obstáculos para as pequenas e médias empresas que implantam suas redes. Também crescem as complexidades dos ambientes das redes ao administrar diversos processos paralelos, e o uso da inteligência artificial vem ganhando destaque por oferecer uma grande economia de recursos e uma gestão muito mais adequada que a tradicional. Habitualmente, considera-se como pequeno e médio porte de rede a faixa que vai de 3 até 100 máquinas, e a solução com roteadores externos e licenças proprietárias em redes com muitas máquinas é proibitiva para muitas empresas.
O kit WCK 2000 é uma solução de hardware e software composto por uma placa inteligente que é um minirroteador, rodando diretamente diversos protocolos e aliviando a carga de processamento da CPU. É uma solução multiprotocolo para conexões PPP, X-25 e Frame Relay, na qual a administração é invisível e o custo baixo. A arquitetura do Linux permite um alto grau de customização e mesmo desconsiderando o seu baixíssimo custo, com licenças livres para um número ilimitado de máquinas, o mais atraente nesse projeto fica por conta da "inteligência embutida" que o enquadra em outra categoria de equipamento diferente da categoria dos tradicionais roteadores do mercado.
Já a "black box" NAS é um servidor para clientes Unix, Netware e Windows, provendo os serviços de proxy,
e-mail e navegação, opcionalmente FTP e Gopher, e se trata de um Pentium 166 com
64 Mb de RAM e disco 2.8 Gb, com Linux pré-instalado,
servidor Apache 1.3, suporte para até 16 portas seriais,
IP spoofing, mesmo contando apenas com uma só conta
de Internet para toda a rede, filtros firewall para pacotes TCP/IP, servidor de FTP,
suporte a Frame Relay, X-25, PPP síncrono e discado,
e pode ser instalado independentemente do acompanhamento de técnico
especializado.
A Net Open, segundo as palavras de seu diretor, Márcio Lima, "já tem parcerias firmadas com uma universidade da Inglaterra e algumas empresas européias, e conta também com um escritório em Boston, nos Estados Unidos, começando agora a tentar carreira internacional". Márcio diz que estão muito atentos e otimistas para iniciar negociações no Mercosul, especialmente com a Argentina, onde se verifica hoje um imenso aporte de dinheiro para prover uma rede de comunicações de dados competitiva, mas também um universo que requer alta tecnologia com preços adequados à realidade latino-americana.
Vale a pena visitar o site da empresa carioca para conhecer toda a sua linha de produtos: www.net-open.com.br