Cartas

Kernel
Estou começando a ler sobre Linux, agora assiduamente, mas já estudei algo antes; venho sugerir uma reportagem sobre as diferenças dos diversos Kernels adotados por vários programas e aplicativos utilizados; acho que quase todos os usuários novatos e muitos usuários experientes não conhecem as características dos Kernels utilizados.
João Fernando Feliciano Martins
johnnykassy@hotmail.com

Agradecemos pela sua sugestão. Aguarde novidades, estamos preparando uma série de artigos sobre kernel.

Medo de Linux?
Estou escrevendo para perguntar por que na RdL 8 não veio nenhuma informação falando que a Conectiva não daria nenhum suporte (a não ser que se pagasse por ela) ao leitor que eventualmente instalasse o Linux Conectiva. Apesar de tudo que foi falado na edição, o Linux Conectiva não é ainda as mil maravilhas que vocês afirmam. E pensando bem, a versão que veio no CD da RdL 8 não deveria ter suporte, mas sim seguro. Agora acredito que as pessoas devam mesmo ter medo de Linux. Fiquei bastante empolgado para instalar o tão falado Linux Conectiva. Desfragmentei o HD do PC segundo as instruções, peguei o CD, coloquei-o no CD-ROM, reiniciei o computador, entrei na BIOS, pedi para que o boot fosse dado pelo CD-ROM e fui fazendo tudinho como estava escrito na revista. Tudo funcionou muito bem, bem até demais. O computador deu boot no Linux "direitinho", quando eu reiniciei o computador e entrei no Windows, imaginem a surpresa que tive quando descobri que o programa que criou as partições havia desaparecido com 10 giga do meu HD. De repente o Windows estava somente com 2,7 giga disponíveis e o Linux estava com provavelmente outros 2,5, já que foi esta a partição que separei para ele. Agora, sem suporte e com 10 giga desaparecidos do HD, digo que fiquei bastante decepcionado com o Linux Conectiva e com a Revista do Linux por ter disponibilizado esta bomba. O que faço para os 10 GB voltarem sem ter que reformatar o HD? Dei um fdisk e ele disse que só existiam as partições do Linux, do Windows e uma pequenininha de uns 70 mega; onde foram parar os 10 GB???
André Luís Pires de Carvalho andreod@zaz.com.br

Conectiva Linux 5.0 Tive problemas na instalação do Conectiva Linux 5, disponibilizado na RdL 8. O problema ocorre quando o instalador chega na parte de particionar o HD. Eu crio as partições normalmente mas o botão para prosseguir não é habilitado. Já tentei deixar espaço não particionado no HD para que o instalador faça o particionamento automaticamente mas ele sempre acaba interrompendo e caindo na tela para a definição manual das partições. Utilizava, até o momento, o Conectiva Linux versão 4 e este nunca deu problema na instalação. Creio que o problema também não seja de espaço pois tenho 1 Gigabyte livre para o Linux no HD. Gostaria de saber se o instalador gráfico do CL5 apresenta algum problema de compatibilidade com HDs que não eram encontrados nos instaladores em modo texto. Gostaria de saber, também, se existe alguma forma de instalar o Conectiva Linux versão 5 utilizando um instalador em modo texto (que funcionava bem...) ou mesmo o instalador da versão 4 ou 3.
Cristiano Alexandre Moretti
moretti@hc.ufpr.br

É possível realizar a instalação em modo texto, mas para isso será necessário gerar o disco de inicialização a partir da imagem que está localizada em images/text/boot.img. Inicialize a máquina com este disco, e a partir daí, proceda com a instalação em modo texto.

CD da Revista 9 Gostaria de parabenizar pela iniciativa em colocar todas as revistas de 1 a 8 em formato HTML (colocado no nº 9), isto facilita muito, pois não precisamos, com o tempo, nos preocupar em guardar as revistas em formato papel. Espero que continuem. Podiam só me esclarecer uma coisa: não consigo ler os arquivos no browser (Netscape ou Internet Explorer) num micro com Windows.
Marcio Valentim Rebelo
marcio@helptec-componentes.com.br

Testamos o CD em um Windows 98 com Microsoft Internet Explorer 5.0 e com Netscape Navigator 4.76 e não encontramos problemas. Na edição nº 13 (janeiro/2000) reeditaremos todas as edições do ano 2000 em HTML. Lembramos que para ler arquivos em disco (não da Internet) você não usa o parâmetro http no endereço.

Para onde foi o MySQL?
Sou leitor da Revista do Linux e como trabalho com o Linux não pude deixar de notar que a matéria da capa "A mágica dos bancos de dados" deixou faltar um pouco de abracadabra, o MySQL. Eu sei que o Conectiva 5.0 já não inclui o software, mas ele ainda é muito usado e principalmente livre. Não sei se a Conectiva optou por abandoná-lo mas existe uma grande comunidade que não o abandonou. Fiquei muito decepcionado também por um tutorial de instalação de um software proprietário, uma vez que temos competidores capazes, como o PostgreSQL e o MySQL, que são livres para toda a comunidade Linux. Então fica a minha pergunta: para onde foi o MySQL?
Marco Valtas
mavcunha@rmf.fmrp.usp.br

Publicamos um artigo sobre MySQL na RdL 5, e vamos publicar outros artigos sobre este excelente banco de dados, aguarde! A Conectiva nos informou que o MySQL está no CD2 da distribuição oficial.

Bronca
Coleciono a revista desde o primeiro número e a considero bastante razoável. Minha primeira experiência com Linux foi nos tempos do Slackware 3.5, comprado da Conectiva via Internet. Com o passar do tempo e a popularização do Linux, passei a usar o Conectiva 3.0, muito mais fácil para quem migra do Windows. Atualmente uso Red Hat 6.2, que é meu preferido e já passei pelas seguintes distribuições: Corel 1.0/1.1 — eles prometeram (a Corel) e não cumpriram, é o mais sem pé nem cabeça, não entendi qual o público alvo; Conectiva 3.0 e 5.0 — abandonei a Conectiva quando vi que era sempre o Red Hat em português — questão de gosto; SuSE — bastante estável, porém, contrariando a todos, tinha bug no 6.3 e a 6.4 não soube mudar as permissões de acesso aos meus drives com fat32; Caldera 2.2 — bom para iniciantes, mas não me entusiasmou; Slackware 3.5 e 7.0 — muito bom apesar do preconceito inicial da revista. Mandrake — apesar de ter saído do RH é um excelente produto. Já usei o Debian, e gostaria de saber se a revista pretente fazer alguma matéria a respeito ou distribuir em CD. Outra sugestão: por que não dar instruções genéricas ao invés de ser tendencioso e sempre usar o Conectiva Linux como exemplo? PS. Eu prefiro a interface gráfica, ninguém deve ser ingênuo e pensar que sem dar valor ao ambiente X, o Linux vai chegar à algum lugar, imagine num escritório se uma secretária vai trabalhar na linha de comando ou como um desenhista trabalharia; estas pessoas — os usuários finais — devem ser focalizados também, eles é que vão determinar se existe ou não uma alternativa séria e competitiva no mercado, caso contrário, o sistema se limitará às redes e se somará a tantos outros bons programas no mercado. Atualmente, o grande atrativo do Linux — infelizmente — ainda é o preço, corremos o risco de desaparecer na multidão enquanto não houver apoio técnico profissional de verdade, documentação padronizada (digo manuais de verdade, universais — se howto é bom, imagine uma empresa de oito mil pessoas dependendo do nível de informação dado pelo howto). As interfaces são bonitas mas não são confiáveis ainda — fecham sozinhas, travam e criaram a versão Linux do famoso "este programa executou uma operação ilegal..." que é o segmentation fault. Está na hora de deixar o amadorismo e principalmemte o oportunismo de lado...
mforte@zipmail.com.br

Encaminhamos as considerações do leitor para as distribuidoras correspondentes. Com base nas respostas (que também serão publicadas nesta seção), faremos um artigo sobre as diferenças entre as distribuições. Matéria sobre o Debian pode ser conferida nesta edição.

Atendendo a pedidos.
O debate sobre a documentação para Linux é uma preocupação constante da revista. Sempre que possível esta questão será abordada. Encaminhamos sua carta para os coordenadores do LDP. Implementação do Linux Nos seus números 5 e 6, a RdL fez ampla divulgação de uma propalada adesão do Estado do Rio Grande do Sul ao sistema operacional Linux. Como funcionário público estadual e estudante de informática, procurei contatar alguns sites do governo pedindo informações sobre o andamento de tal implementação e saber das formas de engajar-me nela. Curiosamente, um silêncio de monge baixou sobre os órgãos governamentais, que não se dignaram a responder. Diante disso, fico imaginando se tudo não passou (não passa) de blefe. O que vocês poderiam me informar sobre isso? Têm conhecimento da alegada implementação? Conhecem algum site atualizado que mostre os caminhos dela?
Humberto Machado
humbertm@cultural.org.br

Procure mais informações sobre estes movimentos em www.softwarelivre.rs.gov.br, e também em www.cipsga.org.br

Erramos
Na edição 11 na página 12 a sigla correta do Blue Moon Rendering Tools é BMRT e a URL é www.bmrt.org