Revista Do Linux
 
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Cartas

Castigando o Teclado

Gostei muito da matéria "A perfeição matemática do TeX", publicada na RdL 16, e resolvi explorar o LaTeX2e. Em menos de um mês, usando como ajuda a documentação do sistema, consegui produzir documentos bem acabados, com resultados bem superiores aos alcançados com outros processadores de texto. Tudo o que posso dizer é que senti uma liberdade incrível ao utilizar o LaTeX, posso gerar o texto exatamente como eu quero. Recomendo a todos que estejam cansados dos processadores de texto visuais (WYSIWYG) que não fazem corretamente o que deveriam. Você ficará maravilhado com a quantidade de recursos oferecida pelo TeX.

Realmente, para produzir documentos que exigem formatação seguindo normas rígidas, como é necessário a estudantes de direito, matemática, física, química e profissionais de outras áreas afins, nada supera o LaTeX. Como mencionado no artigo, você pode até chegar "perto" usando outros programas (como o StarOffice), mas o resultado nunca será totalmente satisfatório.

Deixei de usar o StarOffice, uso Siag (compilei o código que veio no CD da RdL e deixei-o instalado na minha segunda máquina, para minha família usar — não temos Windows aqui em casa há mais de 8 meses) e o excelente processador de textos AbiWord.

É ótimo saber que o CD da Revista do Linux está cumprindo seu papel, trazendo software útil e interessante aos nossos leitores. O CD da edição 17 também pode agradar-lhe, incluímos o AbiWord 0.7.13 com pacotes para várias distribuições, inclusive o Slackware.

O resultado produzido pelo LaTeX, além de superior, exige menos recursos da máquina (segundo consta da documentação do LyX) e foi possível executá-lo ("compilar" os documentos com LaTeX através do LyX) num 386-40MHz com 8Mb de RAM. Imaginem sem LyX e sem X? É mais um exemplo do Linux dando "vida nova" a máquinas que, de outra forma, estariam sendo relegadas ao ferro velho. Além de representar uma economia, você contribui com o meio ambiente, evitando gerar ainda mais lixo. Existem várias outras formas de "reciclar" equipamentos antigos com o Linux. Você pode usá-los como terminais X, roteadores, terminaizinhos Web... Abordaremos esse assunto em edições futuras.

Quanto à matéria sobre o micro popular, não sou ninguém para criticar o professor Sérgio Campos, mas quero saber por que é tão grave logar-se como "root", se o sistema de arquivo é montado somente para leitura (read-only).

Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém. Na época em que o artigo foi escrito estava em estudo a possibilidade de que o próprio usuário fizesse a atualização da Flash, o que iria requerer que ela ficasse "desprotegida", mesmo que por alguns momentos. Talvez seja essa a fonte da preocupação.

Um CD-ROM pode ser "bootável" (Viva o El Torito!), conter um sistema Linux completo numa mídia de 1 real e você poderia até "personalizar" seu sistema. As atualizações seriam mais fáceis, e a mídia é somente leitura por natureza. Concordamos, mas, um disco Flash de 16 Mb, para compras em larga escala, pode sair tão barato quanto um drive de CD. E um dos requisitos do projeto é, infelizmente, "nada de partes móveis", o que deixa de fora a inclusão do CD-ROM.

Sou obrigado a discordar do professor Sérgio Campos quando ele fala na inutilidade do disquete nos dias atuais. Tudo bem que 1.44 Mb é mínimo, mas essa capacidade pode aumentar para 1.72 Mb formatando-se adequadamente o disco, e com compressores como bzip2 é possível triplicar essa capacidade facilmente.

Valter Ferraz Sanches
vfs@ezlinux.cjb.net

Neste ponto considere que, se houvesse um drive de disquete, a capacidade de ler e gravar arquivos em outras máquinas seria um dos requisitos básicos. Disquetes formatados para 1.72 Mb não são lidos corretamente em alguns drives. Suas sugestões estão sendo estudadas e sua dica foi encaminhada ao responsável pela seção "Dicas e Dúvidas". Continue contribuindo conosco!

Código-Fonte

Sugiro que a Revista do Linux inclua em seus CDs o código-fonte dos aplicativos, e não apenas binários pré-compilados para distribuições específicas. Sou usuário do Slackware, e freqüentemente quero instalar um aplicativo do CD que não possui binário para minha distribuição. Como o código-fonte também não está incluso, fico de mãos abanando. Um exemplo disso é a edição 17: o código-fonte do KDE 2.1 não foi disponibilizado aos leitores. Conversores de pacotes, como o Alien, nem sempre funcionam.

Dukem
dukem@terra.com.br

Temos a política de sempre incluir o código-fonte dos aplicativos em nosso CD, algumas vezes até favorecendo o código-fonte em relação aos binários pré-compilados. Mas, em se tratando de aplicativos muito grandes e complexos, como o KDE ou o Gnome, preferimos incluir binários pré-compilados para o maior número de distribuições possível, já que, devido à complexidade desses aplicativos, há poucas chances de que alguém vá compilá-los em casa. Nos esforçamos ao máximo para atender ao maior número possível de leitores, mas infelizmente é impossível agradar a todos.

Errata

Gostaria de lhes informar que no artigo escrito pelo sr. Renato Martini na RdL 17 — "Segurança, Padrões Abertos" — ele diz que o livro de Bruce Schneier, intitulado Secrets & Lies. Digital Security in a Networked World, não possui tradução para o português. Felizmente para os leitores nacionais, ele cometeu um engano. A versão em português existe, possui uma outra capa e uma pequena modificação no título em relação ao original. Os dados da obra são: Segurança.com Segredos e Mentiras sobre a proteção na vida digital — Schneier, Bruce — Editora Campus.

Marco Antonio Torrez Rojas
marco@locknet.com.br


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