Cartas
Incongruências e Mitos
Prezado Samuel Bueno Pacheco, parabéns por seu artigo na edição 38 (Fevereiro de 2003) da Revista do Linux. Sou professor da UERJ e diretor da Associação dos Docentes desta Universidade. Estamos implementando um movimento (Linuerj) para divulgar e defender o uso do Software Livre na UERJ. Um dos principais obstáculos que encontramos é exatamente esta má vontade e este preconceito que você aborda. Isto para não falar da administração central, que parece desconhecer a existência do Software Livre. Mesmo colegas, que na política são progressistas, acabam tendo uma posição conservadora quando se trata de software. Um certo dia, uma professora me disse que não usava o OpenOffice porque o MS Word era melhor. Pedi-lhe para destacar 5 vantagens deste, que por serem realmente importantes, a impediam de usar o OpenOffice ou mesmo o StarOffice. Como era de se esperar, ela não conseguiu apresentar nenhuma, pois as poucas que apresentou não eram verdadeiras, como lhe mostrei. Ela vive no mito, apesar de ser professora extremamente crítica no que tange à sua especialidade.
Por outro lado, esse mesmo comportamento supersticioso também aparece em outras opções: Optar por um vinho francês de terceira categoria, quando temos vinhos nacionais de primeira linha bem melhores, e vai por aí afora. É a famosa mentalidade do colonizado. Enfim, esta é a realidade e temos que continuar a divulgar o Software Livre e alternativo, até que o movimento seja tão forte que influencie os governantes e administradores. Fico imaginando como seria bom para a Universidade, para os alunos e para a sociedade um maior conhecimento do Software Livre. Quantos trabalhos de graduação, mestrado, doutorado, etc, poderiam ser desenvolvidos visando a implementar um aplicativo, uma nova linguagem, uma biblioteca específica ou mesmo na produção de material didático, ensinando a usar o que já existe disponível de Software Livre. Para os alunos seria a possibilidade de uma explosão criativa e pleno desenvolvimento de sua capacidade de trabalho. Para o Brasil seria abrir as portas para a independência tecnológica.
Eurico Zimbres
Faculdade de Geologia da UERJ
fabianorech@ieg.com.br
Irmão Linuxer
Por que a edição que traz jogos para Linux deixou para trás o emulador de Playstation ePSXe? Ele funciona no Linux de forma até melhor do que o próprio console. Estamos falando de centenas de jogos que nunca foram portados para os PCs. O próprio emulador MAME para Linux também não foi citado. Gostaria que a revista falasse desses softwares e também ensinasse a molecada a configurar o Linux (inserção de módulos de joysticks, som, modem, etc...).
Bem, meu irmão tem 11 anos, e fiz o que estou dizendo acima com ele. Depois de 2 meses ele já havia pegado o outro micro que estava "desligado" e com hardware ultrapassado, não só instalou o Linux como também montou uma LAN com Proxy e tudo que tem direito (instalou um monte de placas velhas, baixou arquivos de módulos da internet, compilou kernel, inseriu módulos, etc.).
Vejo no Linux uma grande solução para exclusão digital em nosso país. Já vi várias máquinas obsoletas executando perfeitamente o Linux. Temos que incentivar a garotada a usar o sistema, independentemente da profissão que vierem a seguir no futuro.
Luciano Ozorio - lucianozorio@ieg.com.br
Não era nossa intenção mencionar nenhum emulador na matéria de capa da edição 37, apenas jogos propriamente ditos, comerciais ou Open Source, por isso deixamos de fora o ePSXe, MAME, fMSX, Generator, Virtual Boy Advance, ZSNES e tantos outros softwares que possibilitam ao pingüim rodar os jogos de nossos consoles favoritos. Já publicamos um artigo sobre o tema (falando sobre emuladores de Sega Genesis (Megadrive), Sega Master System, MSX, TRS-80 e Atari), na edição número 3, Março de 2000, página 58 (você pode ler o artigo em www.revistadolinux.com.br/ed/003/emuladores.html). Pretendemos voltar ao assunto em uma futura edição.
Errata - Edição 38
Eduardo Aguiar nos avisa que, no artigo "Introdução ao CVS", publicado na edição 38 da Revista do Linux, página 49, não foi publicado o nome do co-autor do artigo, Eduardo Costa.
No tutorial "Um gerador de PDFs", publicado na página 55 da edição 38 da Revista do Linux, há um erro de impressão na página 56, como nos informa o leitor Antonio Luis Ribeiro.Na listagem de código das linhas que deveriam ser acrescentadas ao arquivo /etc/smb.conf, a linha "...-sDEVICE=pdfwrite -q -dBATCH -sOut putFile=..." está errada. O correto seria "...-sDEVICE=pdfwrite -q -dBATCH -sOutputFile=...", sem o espaço entre as palavras Out e putFile.
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