Para grandes e pequenos
Reconhecido pelos profissionais de informática como um sistema operacional
flexível, estável e de baixo custo, o Linux está cada vez
mais presente no cotidiano de empresas brasileiras dos mais variados portes
e setores, interessadas em reduzir custos de informatização
e melhorar a performance de seus sistemas e aplicações.
Mais recentemente, impulsionado pelos novos softwares destinados a usuários
finais, geralmente leigos que usam a informática em aplicações
mais simples do dia-a-dia, o Linux amplia seu espaço no mundo corporativo
como opção ao software proprietário.
Com o lançamento do StarOffice pela Sun, em setembro passado,
a Duchas Corona decidiu utilizar o produto em todas as suas máquinas
client. "Testamos também o pacote Office da Applix, mas o StarOffice
da Sun, além de ser gratuito, é o produto mais compatível
com o pacote MS-Office, o que facilita o treinamento e adaptação
dos usuários habituados com esse tipo de aplicativos", diz José
Augusto Tavares, gerente de informática da Duchas Corona.
Ele acrescenta outro quesito da maior importância na escolha de
software pela empresa: "como o Netscape, o StarOffice tem versões
para diferentes sistemas operacionais, como o Linux, o Solaris, da Sun,
e o MS-Windows, e isso significa um único treinamento na empresa,
pois não importa a máquina em que o usuário estiver
operando, o software é o mesmo".
E apesar de não existir versão StarOffice para Linux Power
PC - o sistema operacional instalado no servidor da Corona - o StarOffice
é utilizado de forma remota em suas máquinas Linux. Isso
porque a rede corporativa opera em ambiente gráfico X-Windows do
Unix, sob protocolo XDMCP, que permite ao usuário de qualquer estação
executar remotamente, e em tempo real, aplicações que estão
em outras máquinas.
Dessa forma, o StarOffice está presente hoje em todas as estações
da rede corporativa da Corona, e a previsão é de que nos
próximos seis meses todos os usuários estejam utilizando
o produto. "Estamos migrando suavemente para o StarOffice, sem forçar
o usuário, pois acreditamos que, naturalmente, ele vai comprovar
que o sistema é mais estável e oferece mais vantagens", explica
Tavares. Como? Para ele, assim que o usuário perceber que os
PCs com Linux não têm mais aquela coisa de "executou operação
ilegal", que não precisam "bootar" a máquina com freqüência,
vão querer migrar.
Quanto ao suporte técnico do StarOffice, Tavares utiliza
a Internet, em newsgroups como os sites egroups.com e o starnews.sun.com.
"E funciona mesmo", garante. Mas se é novidade usar Linux nas
estações da rede, o mesmo não acontece
no lado server. Quando a Corona começou a utilizar Linux em seus
servidores de Web, há três anos, substituindo Windows NT,
já estava familiarizada com o Unix. Atualmente, são cinco
máquinas Power PC rodando Linux PPC como servidores de Web, de DNS
e de e-mail.
Em sua rede corporativa, a Corona tem mais dois servidores: um IBM F50
rodando AIX com banco de dados Oracle, e uma máquina Sun250 com
Solaris, administrando dez estações thin client SunRay, da
Sun, recentemente incorporadas à rede. "As máquinas Linux
também podem executar remotamente as aplicações escritas
em Developers 2000 da Oracle, graças ao protocolo XDMCP", comenta
Tavares.
Mudança radical
Imagine agora uma empresa que tivesse uma centena de micros PC 386 e
486 interligados, rodando aplicações em Clipper, e conseguisse
evoluir sua rede sem trocar as velhas máquinas e ainda obter melhor
desempenho? Pois esse é o caso da De Meo, empresa nacional com 105
anos de atuação no comércio varejista de ferramentas,
que ousou mudar radicalmente para Linux e obteve esse sucesso.
Tudo começou no ano passado, quando a De Meo precisou adequar
sua rede Novell, já antiga, ao malfadado bug do milênio, e
chegou à conclusão de que o melhor era trocá-la por
uma nova rede. Interessada no Linux, a empresa soube da existência
do Flagship, o software distribuído pela Inso Informática, que converte
aplicações em Clipper para Linux. Conheceu e aprovou.
"O custo de uma nova rede Novell era de R$ 35 mil a R$ 45 mil. E o custo
da rede com Linux não chegou nem a R$ 10 mil, já incluídos
treinamento, conversão do Clipper para Flagship, e compra de drive
para as estações da rede", afirma Adilson Pinto, coordenador
de informática da De Meo. Além disso, continua ele,
"com as mesmas máquinas obtivemos uma melhora de 30% na performance
em relação à rede Novell, e ainda ganhamos em qualidade
porque o Flagship é mais estável que o Clipper".
Resultado: a De Meo tem hoje, em suas onze lojas na Grande São
Paulo, noventa máquinas rodando Linux , entre servidores PC 486
e 586, e estações PC 386. Tudo feito em prazo recorde: a
Inso treinou o pessoal da De Meo, converteu os sistemas em Clipper para
Flagship, e acompanhou a migração para as duas primeiras
lojas, em dois meses. E a equipe de informática da De Meo, com cinco
profissionais, realizou a instalação nas demais lojas, em
menos de um mês.
É importante destacar a conectividade do sistema,
pois as máquinas PDV das lojas, que rodam software baseado em Windows
e que trocavam informações com a rede Novell online,
continuam rodando essa aplicação na rede Linux,
como se nada houvesse mudado.
Também no comércio varejista, a Lojas Renner S.A., sediada
em Porto Alegre-RS, possui uma plataforma Linux bastante significativa.
A empresa, com 36 lojas de departamentos e planos de chegar a 53 até
o final do ano - distribuídas na região Sul, São Paulo,
Distrito Federal e Minas Gerais - substituiu a totalidade dos ambientes
DOS e Windows nas aplicações comerciais e está substituindo
as estações MS-Office por StarOffice.
"Utilizamos Linux em todas as estações de trabalho, inclusive
nos PDVs, com desenvolvimento próprio de aplicativos na automação
comercial", diz Luiz Agnello, gerente de informática da Lojas Renner.
São 1100 terminais e 1700 PDVs rodando Linux, além de cinqüenta
estações com StarOffice. Restam ainda cinqüenta estações
com MS-Office devido ao uso de software de terceiros.
A empresa, que também utiliza Linux no servidor
de acesso à Internet (os demais são servidores Sun rodando
Solaris), começou com o sistema operacional Linux da Red Hat e
utiliza atualmente o Conectiva Linux 5.0.
"O que nos levou a substituir os sistemas por Linux foi a busca de uma
plataforma robusta, coerente com o perfil dos softwares utilizados e desenvolvidos
pela empresa; o desempenho muito superior mesmo em equipamentos antigos
como PCs 486; a configuração e manutenção extremamente
simples, sem necessidade de compatibilização de drivers",
explica Agnello, acrescentando o aspecto econômico de realizar um
upgrade sem gastos de hardware, e a facilidade de atualização
por download, sem gerar o desconforto de possuir diversas versões do
mesmo produto no mesmo ambiente.
A Lojas Renner planeja, para o futuro, manter a atual política
de utilizar Linux e StarOffice nas estações, e Solaris nos
servidores.
Alimentando as estações
A Frigor Center, que atua desde 1993 como distribuidora de produtos
alimentícios congelados e resfriados, tem hoje um servidor Linux
para gerenciar sua rede corporativa e já utiliza o StarOffice nas
estações.
"Até o final de abril todas as estações deverão
estar rodando Linux, pela sua estabilidade como sistema operacional e porque
seus aplicativos são capazes de absorver toda a gama de serviços
da empresa", diz Mário de Melo Lopes Filho, consultor de informática
da Frigor Center desde 94, quando teve início a informatização
da empresa. E a curto prazo, continua ele, "os planos são de colocar
nossa home page em funcionamento usando Linux".
Lopes Filho conta que, na hora de implantar o sistema, tiveram algumas
dificuldades porque resolveram manter o software de gerenciamento da rede,
desenvolvido em Clipper. Assim, prepararam primeiramente o servidor Linux
utilizando o Samba e as estações como cliente DOS, mas aí
as estações teriam que continuar DOS ou Windows 95/98. "Como
a nossa proposta é transformar todo o parque de informática
para base Linux, os técnicos mudaram o método, passando o
servidor a emular o DOS e possibilitando assim utilizar as estações
Linux".
A distribuição gratuita do StarOffice 5.1a, da Sun, também
ajudou a alavancar o projeto de migração para Linux da Proform,
fabricante de bobinas para PDV e fax. Em outubro passado, a Proform substituiu
um servidor Unix HP-F10 série 9000 por um servidor Intel Linux e
implantou uma rede local para dezesseis estações.
"Das dezesseis estações, treze rodam Linux utilizando
o StarOffice para redigir textos e elaborar planilhas de cálculo,
e três estações ainda mantêm Windows por não
existir versões estáveis para Linux do Corel Draw e Adobe
Photoshop", diz William Gomes Felício, gerente de informática
da Tiliform, empresa coligada que atua no comércio de papéis
e serviços gráficos.
Agora em março, a Tiliform também iniciou o processo de
migração de um servidor Netware 3.12 para um servidor Intel
Linux que, a priori, será um servidor de arquivos. Segundo Felício,
como o Linux mostrou ser um sistema estável e de baixo custo de
manutenção no projeto da Proform, a Tiliform tem planos de,
a médio prazo, substituir sua rede local de Windows por Linux.
O projeto de migração dos dois servidores - da Proform
e da Tiliform - foi viabilizado rapidamente devido ao baixo custo em relação
a qualquer outra solução. "Sendo o Linux um sistema operacional
gratuito, nossos investimentos focaram-se basicamente em atualização
de hardware e serviços de consultoria", explica ele.
Tecnicamente, a Tiliform optou pelo Linux por estar familiarizada com
Unix desde 1990. Além disso, como as duas empresas estão
conectadas remotamente via frame-relay, a administração da
rede à distância passou a ser uma tarefa simples.
Sem problemas de adaptação, os usuários da Proform
foram treinados em StarOffice pela WorkingNet, que fêz a assessoria
para o projeto Linux.
De 10 horas para 15 minutos
A Empresa Sul Americana de Transporte em ônibus, que há
mais de cinqüenta anos transporta passageiros e cargas no Paraná,
Santa Catarina e São Paulo, está utilizando Dataflex para
Linux, desde o segundo semestre do ano passado. A conversão foi
no sistema de transporte de cargas, responsável pela emissão
de conhecimentos, coletas e entregas de cargas, atendimento telefônico,
bem como faturamento e demais controles.
Segundo Luis Otávio da Ros Ribas, gerente de informática
da Sul Americana, o Dataflex no ambiente Windows estava demandando altos
custos de equipamento para uma performance considerada aceitável
pelos usuários da empresa. "Após verificar as vantagens do
Linux como sistema operacional, o Dataflex for Linux encaixou-se perfeitamente
nas nossas expectativas: preço justo, velocidade além das
expectativas, baixo custo de implantação, e sem necessidade
de trocar os equipamentos existentes na empresa", explica.
Os principais benefícios da migração para Linux
foram a economia com hardware e a velocidade de processamento. "As quedas
de performance existentes no ambiente Windows NT estavam obrigando a empresa
a trocar as máquinas e provavelmente toda a rede, de 10Mbits/s para
100 Mbits/s", explica.
Para exemplificar, ele cita um relatório que contém dados
de todos os serviços prestados aos clientes nos últimos 24
meses (conhecimentos, faturamento, entregas etc.) e fornece uma série
de estatísticas sobre eles. "No ambiente Dataflex-Windows, esse
relatório tomava cerca de dez horas de processamento e levava a
rede da empresa à beira de um colapso de tráfego de dados.
Com o mesmo equipamento, o Dataflex-Linux mostrou-se imbatível nos
primeiros testes, processando o mesmo relatório em quinze minutos,
sem que os usuários percebessem queda de performance nas demais
aplicações".
Para converter os sistemas do Dataflex Windows NT para Linux, foi necessário
apenas um dia de trabalho de duas pessoas, ao custo da cópia do
Dataflex e do sistema operacional Conectiva Linux 4.0. Ainda neste primeiro
semestre, diz ele, os planos são de converter todos os demais sistemas
da empresa.
A rede da Sul Americana é formada por três servidores:
Pentium II 266 com Windows NT, Pentium II 400 com Linux, e AS/400 com sistemas
específicos de terceiros para venda de passagens online, além
de 27 PC Pentium 100 e superior.
Contabilidade em dia
No setor contábil, a Contabilizamos, que processa cerca de 400
mil lançamentos por mês, migrou para Linux em outubro passado,
em substituição à rede Novell, e obteve uma série
de vantagens. "O custo é bem menor, não há limite
de usuários, e os aplicativos são fáceis de usar e
livres de licença de uso para cada estação de trabalho",
diz Edna Moura Araújo, gerente contábil da Contabilizamos.
Tecnicamente, o desempenho da rede também melhorou, tornando-se
mais estável e imune ao ataque de vírus. A empresa, com aplicações
em Clipper, enfrentava problemas constantes de corrupção
de arquivos e conseguiu maior rapidez na execução dos aplicativos
e maior estabilidade da rede, após a migração.
"Utilizamos o Flagship para Linux para conversão de todos os
sistemas de gestão empresarial, como contabilidade, livros fiscais,
ativo fixo, folha de pagamento, entre outros, todos em Clipper", diz Edna.
Nas estações, o StarOffice é o software mais utilizado
em substituição ao pacote Office, e nas aplicações
Linux, as interfaces gráficas são KDE e Gnome.
Toda a migração do sistema de informática para
Linux bem como o treinamento do pessoal foram realizados por sua coligada,
a Brasil Informática, em apenas quinze dias. E sem compras de hardware.
Na verdade, além de manter os mesmos equipamentos em operação,
alguns PC 386 que estavam estocados na empresa foram incorporados à
rede e voltaram à ativa.
Hoje, a Contabilizamos tem dois servidores Pentium III (de arquivos
e de Internet) e trinta estações de trabalho, entre PCs 386,
486, Pentium e Celeron, todas acessando diversas aplicações
e Internet, simultaneamente. "Para o acesso de todas as estações
à Internet, usamos o software Br multiaccess, também desenvolvido
em plataforma Linux", comenta Edna.
Com a mudança da rede para Linux, a Contabilizamos tem planos,
a curto prazo, de conectar os clientes ao servidor da empresa, através
de linha dedicada, para que eles possam acessar e consultar informações
relacionadas à sua empresa, de forma rápida e segura.
Imbatível na Internet
A Nutrimental S/A, que atua no setor alimentício desde 1968 e
conta hoje com cerca de setecentos colaboradores, resolveu ampliar o acesso
à Internet, em 97, e decidiu pela instalação de um
servidor proxy. Como utilizavam o Windows NT para administrar a rede, a
idéia inicial era aproveitar esta plataforma para implementar uma
solução de proxy e firewall, mas se depararam com o problema
do elevado investimento inicial. Solicitaram então à Telecorp,
que desenvolvesse o projeto para Linux.
"Como não conhecíamos nenhum dado técnico sobre
o Linux, fizemos inúmeros questionamentos sobre segurança,
performance, pré-requisitos de hardware e outros, e o que nos deixou
muito motivados foram os pré-requisitos de hardware necessários,
no nosso caso um computador Pentium com 166 Mhz, 32 MB de RAM e duas placas
de rede", diz Edson Luiz Saviski Junior, analista de sistema da Nutrimental.
Para ele, a escolha do Linux baseou-se na estabilidade do sistema, segurança
apresentada no software de firewall em relação a produtos
para o Windows NT e o custo de implantação extremamente baixo.
O sistema usado na empresa é o Linux versão 2.0.36 e alguns
aplicativos como o Squid e o Apache. A implantação levou
cerca de uma semana. Para isso, foi contratado um link dedicado com um
provedor, o que reduziu a conta telefônica com a Internet de R$ 2
mil para R$ 1.100. "Com isto, o investimento foi pago no primeiro mês
de utilização, e ainda ampliamos este serviço para
70% dos computadores, ou seja, cerca de oitenta computadores com acesso
à Internet e correio externo", explica Saviski.
A empresa vem agora ampliando a utilização do Linux na
Intranet e Extranet, e já está disponibilizando alguns serviços
de acesso e FTP ao Linux para diminuir o custo de transferência de
dados com as filiais.
Vale também lembrar alguns casos já relatados nesta publicação,
como a Visagis S.A, conhecida por Visconti. A empresa, que começou
a utilizar Linux no servidor http para atender o sistema de cadastro de
pedidos via Internet, acabou adotando-o depois como plataforma de roteamento
e firewall na implementação de uma nova rede de longa distância
(WAN), destinada a aumentar o nível de integração
entre as plantas industrias e comerciais e permitir novos serviços
via Internet.
Também a Malharia Manz entrou no mundo Linux adotando o sistema
no servidor de Internet, em 1998. Em meados de 99, para resolver o problema
do bug do milênio, ela precisava atualizar os servidores Netware
3.12. Diante do elevado custo de atualização da rede existente,
a empresa testou o emulador de Netware para Linux, Mars-NWE e aprovou,
fazendo gradualmente a conversão dos servidores para Linux, em quatro
meses, de forma tranqüila, a baixo custo, com ganhos efetivos e alta
estabilidade do Linux.
Há empresas que adotaram o Linux, mas estão
em fase de legalização de seus softwares, e não querem
ser citadas. Mas breve estarão integrando a lista das que adotaram o
software livre como solução para os desafios do novo milênio.
Geologicamente correto
Na área de Exploração e Produção
(E&P) da Petrobrás, o Linux é usado em aplicações
de alta tecnologia para acompanhamento de dados geológicos obtidos
através de sondas petrolíferas durante a perfuração
de poços na Bacia de Campos-RJ.
A E&P, usuária de Unix SCO desde 1990, optou pelo Linux em
1997 porque o sistema atendia às necessidades de uma nova tecnologia
para acompanhamento geológico.
"Além de estável, robusto e versátil, o Linux
tem a vantagem econômica de ser freeware",
diz Edison Yoshino, geólogo da Petrobrás e coordenador
da Gerência de Informática (GERINF), que responde pelo desenvolvimento
de sistemas de informação na área de processamento
científico. E essas características do Linux, associadas
aos inúmeros sensores que monitoram os sinais na perfuração
dos poços, permitem um acompanhamento geológico de alta tecnologia,
extremamente confiável e a baixo custo.
Para dar uma ligeira idéia desse complexo sistema, cada sonda
de exploração tem dois PC Pentium (relação
master /slave) rodando Linux, equipados com placas de aquisição
analógica-digital para captar os dados enviados por vários
sensores. Esses dados, por sua vez, são monitorados e processados
em tempo real pelo Linux, através das placas de aquisição
e de inúmeras aplicações desenvolvidas em linguagem
C com interface gráfica OSF/Motif, que englobam as diversas tarefas
do geológo no acompanhamento da perfuração dos poços.
Atualmente, são mais de dez sondas, que operam em rede sob sistema
operacional Linux Slackware 3.5, em fase de migração para
o Linux Red Hat versão 4.0, kernel 2.2.5-23cl.
As informações captadas, processadas e visualizadas através
desse sistema, que fica dentro de um contêiner inserido na plataforma
petrolífera, são transmitidas através de rede Ethernet,
protocolo TCP/IP, para a base em Macaé - RJ, em tempo real, onde
podem ser utilizadas por vários usuários.
Já o suporte e apoio técnico para esse tipo de aplicação
não são tarefas simples, sendo realizadas por equipe da própria
Petrobrás. "É um sistema muito dinâmico, pois as cabines
precisam se deslocar de um lugar para outro, e cada vez que isso acontece
é preciso configurar a máquina para a nova situação, seja via rede
ou diretamente no local", explica Yoshino.