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Delphi para Linux
Acompanhe o desenvolvimento do projeto Kylix pela ótica de um especialista em Delphi

No dia 28 de setembro de 1999, a Inprise divulgou oficialmente o desenvolvimento do projeto Kylix. Todos sabem que o Linux ainda não é tão popular quanto o Windows, mas o porte do Delphi trará uma grande massa de desenvolvedores para a nova plataforma. Um dos motivos que irá incentivar os programadores a migrar é o fato de não haver mais a necessidade de se preocupar com um emaranhado de ponteiros, rotinas em C e outras codificações de mais baixo nível.

Mas será que teremos um Delphi igual ao do Windows? Até certo ponto sim. Mas muita coisa será diferente. Acredito que a Inprise está tomando o caminho certo: não há a preocupação em produzir um clone do Delphi.

O objetivo principal é criar uma ferramenta que utilize a mesma sintaxe Object Pascal, 100% orientada a objetos e ofereça um ambiente de desenvolvimento rápido. O Delphi é uma ferramenta muito integrada ao Windows, e criar uma cópia de seus recursos não é uma boa idéia, até porque muitos recursos do Windows não existem no Linux, como por exemplo, suporte para ActiveX e WinSocks.

Componentes ou funções que façam chamadas a esses recursos não estarão presentes. Rotinas e componentes que utilizem diretamente a API do Windows também não. A sintaxe permanecerá praticamente inalterada, mas pequenos detalhes serão configurados, como por exemplo:

  • chave de compilação condicional {LINUX}
  • caminhos de arquivos deverão levar em consideração maiúsculas/minúsculas e a barra de diretório do Linux
  • as classes TwinControl e TwinCustomControl serão convertidas para TwidgetControl e TwidgetCustomControl
  • Units específicas serão banidas, como Windows e ShellObj

No Kylix, teremos uma nova biblioteca de componentes, denominada CLX (‘clicks’). O objetivo principal dessa nova biblioteca é criar uma grande portabilidade para os controles. O CLX estará disponível também para Windows em futuras versões do Delphi. Portanto, o código escrito em CLX será muito mais portável.

O Windows possui uma interface única. A GUI determina como será o comportamento visual padrão do sistema. Por exemplo, a GUI determina como será o rolamento de uma scrollbar ou como o aplicativo será minimizado, entre outras coisas. A GUI do Windows permanece encapsulada em um conjunto de APIs denominada Win32, que é a mesma para o Win9x, NT e o 2000.

No Linux a história é diferente. Existem várias GUIs, escritas com diversas bibliotecas. As mais conhecidas são a Qt do KDE e a GTK+ do Gnome. A Inprise decidiu adotar a Qt e o motivo foi a sua proximidade com a Win32, mais o fato dessa GUI ser fornecida para outras plataformas, incluindo o próprio Windows.

Para criar aplicações baseadas nessa biblioteca, é necessário comprar a licença de uso, mas o Kylix já irá incluí-la, liberando o desenvolvedor para distribuir seus aplicativos. Ainda há muita especulação sobre este assunto. Especialistas afirmam que as aplicações construídas no Kylix poderão se comportar de forma diferente no Gnome. Outras fontes garantem que as próximas versões do Qt e do GTK+ irão possuir uma camada de compatibilidade. Resta aguardar.

Não haverá mais o BDE, e sim uma nova camada chamada SQL Objects, mais leve, mais flexível e melhor para implementar novos drivers.

Para informações mais atualizadas visite o nosso site, em www.clubedelphi.com.br, e procure a seção Kylix, com as últimas novidades.

 

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