O Gnome da Helix Code
A Helix Code foi apontada pelo
Wall Street Journal
e pela Wired como
a próxima companhia bilionária da
Net, e em seu site o volume de downloads tem sido realmente assombroso. Ela desenvolve e comercializa
uma versão personalizada do Gnome,
com um visual muito arrojado e belíssimo, o Gnome Helix Desktop.
Composto por uma suíte de 93 aplicativos open source para o ambiente,
além do Gnome 1.2, nele se destacam
a planilha Gnumeric, o gerenciador
de arquivos Gnome Midnight Commander, o editor de diagramas Dia,
o editor de imagens Gimp, o Gnome
Calendar, o mensageiro gnoICU, o
gnapster, o player gnomexmms e um
pacote de games acompanhados de
muitas ferramentas gráficas de configuração, que têm seduzido pela excelência gráfica e facilidade de uso.
Fundada por Miguel de Icaza e amigos, com o intuito de oferecer um
desktop simples e poderoso, atualmente desenvolve um office para tornar o ambiente definitivo. Entre baixar 150 Mb pela Net ou adquirir o
CD por um preço muito acessível, a
grande maioria tem optado pela compra e a empresa parece estar encantada. Dê um passeio no site
www.helixcode.com e veja por que
alguns já a chamam de "a próxima
companhia".
A Borland dá o tom
Hoje o Linux vive a parte II de sua
saga, e a ordem do dia é torná-lo mais
acessível, mantendo seu poder e sofisticação. Uma avalanche de front-ends
gráficos para as ferramentas do console, um leque gigante de drivers para os
periféricos, mais um número enorme
de novos aplicativos que desembarcam
diariamente, antecipam o que está por
vir. O Visual FlagShip, o Delphi para
Linux, os novos offices,
o Glade do Gnome 1.2, o
JBuilder, o InterBase, o
CorelDraw, o FrameMaker, o Canvas, as ferramentas que automatizam
dezenas de processos de
modo transparente e acessível aos leigos, os instaladores gráficos das distribuições, os novos sites de
Linux, o novo kernel 2.4,
as novidades que estão
aportando agora e nos próximos meses, mostram ao mercado que é inútil
tentar brecar o open source, e a próxima batalha será sem dúvida entre o
código aberto proprietário e a GPL. Os
usuários estão se acostumando à liberdade e as empresas que não entende rem o que isso significa talvez amar guem pesados prejuízos. Como diz a
Borland: Living la vida Linux.
A geleira azul da solidão
Eric Raymond publicou recentemente
um artigo interessante em que comparava a atual indústria de software americano com as montadoras americanas
da década de 50, apontando várias
similaridades entre a falta de qualidade
dos softwares com os inúmeros defeitos da linha de produção de carros,
que resultaram na perda de parcelas
consideráveis de consumidores durante muito tempo, esses consumidores optaram por modelos de carros
fabricados por indústrias européias.
Traçando um paralelo com a atualidade, a atitude tomada pelos produtores
de software, no sentido de impor "na
marra" as sanções da Ucita para conter
o avanço do código livre, aberto, estaria na contramão da história, entregando de bandeja sua legião de consumidores ao resto do mundo. Consideran-
do que 30% da economia americana
apóia-se na informática, Raymond
alerta que os transatlânticos rumam
direto para a área dos icebergs. Aliás, é
lá que vivem os pingüins.
Gnome Em PDAs
Entre outras notícias que encontramos no site da ponto.br, descobrimos que em news.gnome.org/gnome-news/961667399/, você poderá
conferir imagens de um PDA rodando Gnome, mostrando que os minúsculos estão aí para impor um
novo modelo de hardware, que sem
dúvida endossa a visão da Transmeta.
Agora também os pequenos
Em agosto a IBM começa a soltar os
primeiros ThinkPad T20 e A20 com o
OpenLinux 2.4 da Caldera pré-instalado. Em alguns modelos de sua linha
de servidores RS/6000 pode ser encontrada uma instalação SuSe, e logo depois será a vez da família AS/400.
Apoiada em estatísticas de que metade
das instalações Linux são para empresas com menos de cem empregados,
a IBM caminha para abocanhar o segmento do pequeno porte e implementar e testar o desempenho do Linux
em grupos de trabalho, oferecendo
soluções de desenvolvimento através
do WebSphere, do DB2, do Lotus Domino e do Small Business Pack for
Linux. A BigBlue investiu US$ 7 milhões em desenvolvimento de programas de treinamento para 45 mil programadores e representantes, habili-
tando-os a fornecer suporte para a
nova plataforma e lutar contra o predomínio da Compaq, que está há mais
tempo empregando essa política e
conseguiu 25% do mercado.
Geração sem fio
E a Transmeta? Onde estão os aparelhinhos Pós-PC com motores Crusoe? A
FIC de Taiwan mostrou recentemente o
Aqua-3200, com 64 MB de RAM, 16
MB de armazenamento em cartões
Flash, 700 gramas de peso, equipado
com Mobile Linux, Netscape, Real
Player, Media Player de MP3, wav e
aiff, MacroMedia Flash, Personal Java,
player de DVDs e software para vídeoconferência. Também a Acer anunciou
para o final do ano o SlimMate PDA,
com tela monocromática de 160x240 e
pesando 140 gramas. Fala-se agora no
Linux para vestir e os "embutidos" prometem um poder e uma flexibilidade
inimagináveis em comparação com esse
monte de fios, cabos e caixas que estão
na sua frente. Talvez isso acabe de vez
com a sua indecisão de qual roupa vestir.
Linux para o S/390
O Linux vai agora rodar nos mainfra mes S/390 da IBM, segundo anúncio
feito por Greg Burke da IBM. Aprovei tar toda a base de aplicativos Linux e a
interação com bases de dados de main frame é a intenção da Big Blue para a
adoção do novo sistema, e ela vai su gerir aos provedores de acesso que
usem o Linux no grande porte.
UPnP
A Intel apresenta agora em julho o
resultado do projeto UPnP for Linux
(Universal Plug and Play), um kit para
desenvolvedores que é um sistema de
reconhecimento automático de dispo sitivos de avançada tecnologia, basea do em padrões da Internet como XML
e HTTP. Fazendo a crítica do passado
recente do PnP, em que os dispositivos
complexos exigiam um reconhecimen to tão ou mais complexo, a Intel pre tende com esse kit conseguir atender
às requisições do mercado por um sis tema que funcione, simplificando a
arquitetura dos dispositivos e aprimo rando os padrões internacionais de
hardware. Esse projeto visa atender
o usuários domésticos e pequenos
hardwares e entende que essa tecnolo gia é fator imprescindível para a esca labilidade da Web. Confira as novida des no site da Intel, consultando o
endereço www.intel.com/ial/upnp.
Web tudo-em-um
Hospital São Luís, Brooksfield,
Audi do Brasil, Cia. Santo Amaro,
Distribuidora de Papéis Alagoas,
Marilan Biscoitos, Frigorífico
Hans, Faculdades Uni9, são alguns
dos que adotaram a suíte BRmultiaccess, que automatiza as tarefas
de servidor de e-mail, firewall e
proxy, com auditoria para todas as
atividades em uma única interface.
Os clientes não precisam usar
Linux, e mesmo assim dentro do
próprio browser ele terá acesso à
configuração de todos os serviços
e usuários, em qualquer máquina.
Todos os acessos e histórico de
navegação podem ser consultados
em relatórios e impressos. Permissões e restrições são administradas
de maneira transparente. Com as
recentes invasões de sites e sua
repercussão no Brasil, aumentou
muito o número de downloads do
produto. As fragilidades dos sistemas ficaram muito expostas, enquanto o Linux passou incólume
à devastação, por isso está havendo
uma correria dentro das empresas
para substituir os servidores pelo pingüim. Para fazer o download da
versão gratuita (para até três usuários), visite www.linuxapps.com
ou no site da empresa em
www.brc.com.br.
Mulheres e Computadores
ANDREA FABIANA FLORES
fabiana@conectiva.com.br
LinuxChix
Deb Richardson é a fundadora do
movimento LinuxChix, que começou
em março de 1999, e que reúne mulheres que dão sua contribuição ao
movimento open source. Vive em
Ottawa, Canadá, trabalha na LinuxCare, empresa responsável por dar
suporte às distribuições Red Hat , Caldera e Slackware, e também a algumas
plataformas de hardware Intel, Sparc e
PowerPC.
Os encontros geralmente são pela
lista de discussão na própria página
linuxchix, e lá encontramos assuntos
extremamente intelectuais sobre Linux
e sobre a comunidade open source. O
Linuxchix foi criado para ajudar e dar
apoio às mulheres que trabalham no
Linux e o estudam. É freqüentado por
garotas na faixa de idade entre 14 até
sabe-se lá quanto, que fazem download
de softwares livres, testam diversos
programas e sua instalação.
O Linuxchix mantém várias outras
sedes além da matriz em Ottawa. Até
agora são 28. Em Melbourne e Sydney,
na Austrália; Manitoba, KitchenerWaterloo, Ottawa e Vancouver, no Canadá; Londres, na Inglaterra; Dublin,
na Irlanda; Lisboa, em Portugal; Austin,
Bay Area, Bloomington, Cleveland,
Columbus, Denver, Kansas City, Triangle
Region, Nashville, Fort Worth, Olympia, Filadélfia, Rochester, Seattle, San
Diego, Tampa Bay e Washington, nos
Estados Unidos. Maiores informações:
www.linuxchix.org
All girlplanet.com
Esse grupo foi criado para dar apoio e
coragem às garotas que querem entrar
para o mundo da informática, e dar
chance para que trabalhem em grandes
empresas de tecnologia e informática.
O grupo girl planet tem em média
360 garotas entre 13 e 17 anos.
Mais informações:
www.allgirlplanet.com
Festa do Cobol
Em setembro, dias 14 e 16, vai
acontecer em Massachusetts o Evento
Grace Hopper Celebration of Women
in Computing 2000. O evento irá
comemorar o espaço que a mulher
conseguiu na Ciência e Informática e
fará uma celebração a Grace Murray
Hopper, uma das mulheres pioneiras
na informática, como inventora do
Cobol. Umas das palestrantes será a
dra. Rita Colwell, diretora da NFS
(Fundação Nacional de Ciência).
Mais informações sobre o evento
em:www.sdsc.edu/hopper
Pioneiras da Internet
Nesses dias de outono estava navegando pela Net, procurando as mulheres
alienígenas (como somos chamadas
por certas pessoas), e me deparei com
um artigo sobre Pauline Middlelink.
Pauline tem 35 anos e foi uma pioneira na Internet. Conseguiu uma permissão para enrolar um cabo na terra ao
lado dos trilhos do trem, comprou
uma pilha de modems e o fio de cobre
de 500 quilômetros que ligava Amsterdã ao norte e leste do país, transformando-se no primeiro fornecedor de
Internet da região. Na próxima edição
trarei uma entrevista exclusiva com
Pauline Middlelink para a RdL, em
que ela contará mais detalhes de sua
história, da sua bandeira defendendo
o código aberto, com fotos interessantes dessa holandesa, que não tem
medo de dizer o que pensa ou o que
faz. Até lá, garotas!