Solução para o Software Legado

Com Linux, reaproveitar hardware e software legado em uma solução de baixo custo e alta performance é perfeitamente possível

A manutenção do parque de máquinas em uma empresa é uma tarefa difícil. Organizar os backups, controlar o acesso dos usuários aos aplicativos, impedir que eles instalem software pirata e alterem configurações do sistema, atualizar o hardware para atender à demanda sempre crescente de poder de processamento de novos aplicativos, etc. E na hora de migrar o sistema para o Linux, ainda há o problema do software legado. Mas e se fosse possível “unir o útil ao agradável”, centralizando a administração do sistema, reaproveitando hardware antigo e ainda mantendo seu software legado em uso, mesmo utilizando Linux como sistema operacional em suas estações de trabalho? Conheça duas soluções da Conectiva que podem ser exatamente o que você procura.

O Application Server

O Conectiva Application Server é uma solução fornecida pela Conectiva, que possibilita o reaproveitamento de hardware antigo para compor uma rede de estações de trabalho funcionais e de boa performance. A solução baseia-se no conceito do processamento remoto: um servidor Linux, com hardware dimensionado de acordo com o número de máquinas clientes que irão acessá-lo, executar os aplicativos, e enviar aos clientes apenas o vídeo, recebendo de volta os comandos de mouse e teclado. Como todo o processamento é feito remotamente, as estações podem ser máquinas muito simples, como um 486 com 16 MB de RAM, e ainda assim “executar” confortavelmente softwares “pesados” como o StarOffice ou Mozilla.

Outra característica interessante é que, como o sistema operacional e os aplicativos estão armazenados no servidor, não há a necessidade de disco rígido nas estações. Basta inicializar as máquinas através de disquete, memória flash, ou até mesmo de uma ROM de boot na placa de rede. Todo o armazenamento dos dados pode ser realizado remotamente no servidor, facilitando, e muito, a tarefa de realizar um backup periódico do sistema. Fica fácil limitar o acesso do usuário a certas partes do sistema, “prendendo-o” dentro de seu diretório de trabalho e impedindo que ele instale aplicativos ou altere configurações da máquina. A manutenção de hardware também é facilitada, visto que, caso uma máquina cliente dê problemas, basta trocá-la por outra. O usuário só precisa ligar a nova máquina, realizar o “login” no sistema e todo o seu ambiente de trabalho estará à sua disposição, intacto. Diga adeus às reinstalações de software.

É de se esperar que a sua empresa cresça, o que traz a necessidade de mais estações de trabalho para novos funcionários, ou talvez novos aplicativos, com mais recursos, mas que demandam mais poder de processamento. Na hora da expansão, basta aumentar a capacidade do servidor, instalando um novo processador, aumentando a RAM ou o espaço em disco. Todas as máquinas clientes serão automaticamente beneficiadas, sem que nenhuma alteração em seu hardware seja necessária.

Software legado e a solução do problema

Após muita consideração e estudo, levando em conta custos, performance, segurança e outros fatores, sua empresa decide migrar para o Linux. Ótimo. Porém, na última hora, surge um problema: Um determinado aplicativo, essencial para o funcionamento de sua empresa, não tem equivalente no Linux, ou não pode ser rapidamente portado para o novo sistema. É o famoso “software legado”. E agora? É aqui que entra um “complemento” para a solução acima descrita: o Conectiva Advanced Application Server.

Trata-se da combinação do Application Server com um servidor Windows NT ou Windows 2000. Um servidor roda Linux, cuidando do armazenamento do sistema operacional e dados das estações de trabalho, também Linux. O servidor Windows terá apenas a responsabilidade de executar o software legado. As estações poderão acessar esse software como se fosse qualquer outro aplicativo armazenado no servidor Linux. E os custos são baixos. É necessária apenas uma licença do servidor Windows, mais uma licença de conexão para cada máquina que irá acessar os aplicativos nele contidos. Invariavelmente, o custo é menor do que uma licença de um sistema Windows para desktop para cada estação (que teria de ter um disco rígido, hardware mais poderoso, etc...). São mantidas todas as outras características do Application Server, como expansibilidade, reaproveitamento de hardware antigo e facilidade de administração.

Linux no Desktop Corporativo

Entrevistamos Rodrigo Missiaggia, analista de suporte da Conectiva, responsável pela apresentação da solução para o meio corporativo. Rodrigo nos fala um pouco sobre a solução e a expectativa do mercado.

RdL - Pode-se dizer que essa solução já era esperada pelas corporações, ou o mercado estava descrente que o Linux pudesse chegar tão longe, a ponto de rodar um software legado?

RM - Temos percebido que essa solução era aguardada pelos clientes. Com ela, instituições que antes não poderiam nem sequer cogitar isso, podem agora levar o Linux ao Desktop.

RdL - Essa solução é o primeiro passo para a migração total de plataforma dentro das empresas, ou será que as empresas vão preferir usar soluções mistas e não mexer no que já está funcionando?

RM - Acredito que os clientes, inicialmente, vão avaliar e testar a solução. Caso ela mostre que atende as suas expectativas, a migração será cada vez mais intensa. Se essa migração será total ou não, vai depender de vários aspectos. Como, por exemplo, do tipo de cliente, do suporte e do treinamento a que o cliente tiver acesso.

RdL - Que licença essa solução utiliza?

RM - A solução é um misto de vários componentes. As aplicações que são executadas em ambiente Linux utilizam licenças variadas: GPL, LGPL e BSD. Quanto a aplicações que rodam em Ambiente Windows devem ser respeitadas as respectivas licenças dos fabricantes.

RdL - Essa solução não seria muito semelhante ao Wine?