CARTAS

Opinião da opinião

Na revista de Janeiro de 2002, na seção C@rtas, página 04, o leitor Marcelo Maiolino critica severamente esta revista por não mostrar primordialmente matérias de cunho de transformação social. Gostaria de dizer que talvez ele esteja procurando no veículo errado, pois a Revista do Linux realiza seu trabalho social dando acesso à informação de tecnologia de ponta a um custo justo e possibilitando o aprendizado e a colocação em prática das aplicações Linux, permitindo que experimentadores e estudantes tenham os meios e o conhecimento necessários para efetuar as transformações sociais.

Caso a revista se tornasse um fórum de debate puramente filosófico e sem cunho técnico, de nada valeriam todas as belas intenções, se não tivéssemos quem as pusesse em prática. Parodiando o infeliz exemplo citado pelo Sr. Maiolino, de que adiantaria discutirmos as inequívocas utilidades sociais dos transportes coletivos, se os ônibus não existissem, se os mecânicos não os tivessem criado e se os borracheiros não mantivessem seus pneumáticos inflados. O Linux só é um sucesso social exatamente porque, primeiro, foram discutidos seus aspectos técnicos e funcionais, aí sim, tornando possível sua aplicação social.

A Revista do Linux tem mantido um correto equilíbrio entre os dois segmentos, e, seguramente, sem falso puritanismo. No dia em que ela passar a abordar exclusivamente temas sociais e eu não puder mais usá-la pra aprender, garanto que procuro outro meio de informação, pois sem nos instruirmos no uso e instalação, assim como na solução de problemas corriqueiros, nunca poderemos dar nenhum uso prático a nenhum instrumento social, sejam eles os ônibus ou um sistema operacional. Em tempo, veja o caráter social da matéria O poder do PHP que, além de fornecer diversas soluções em PHP, também divulga sites que apóiam a filosofia Open Source e disponibilizam projetos em PHP, tais como o Freshmeat e o Sourceforge. Graças a isso, estudantes adquirirão conhecimento e poderão criar sites de apoio à ecologia, ou sites de combate às drogas etc...Existe maior socialização do que dividir o conhecimento?

José Guimarães da Fontoura
fontoura_svp@hotmail.com

Preocupação

Estou começando a me preocupar com a quantidade de pessoas engravatadas aparecendo na Revista Do Linux, propagandas corporativas e termos comuns de outras revistas de "blá blá blá" (CEO, E-isso, E-aquilo...)...

Wellington Lisboa de Sena
wellington.sena@bigtvjp.com.br

Qualidade em baixa

Qualidade em baixa Na edição de janeiro de 2002 foi publicada uma carta que dizia que a qualidade da RdL tinha caído nos últimos meses. Esta carta refletiu minha impressão de que a revista se tornou um pouco sem graça. Em função disso estive revendo as últimas edições e sou forçado a concordar que a revista está menos interessante. Na verdade, a RdL está virando uma espécie de manual de software em fascículos. Eu percebi na minha própria casa que ultimamente apenas eu tenho lido a RdL, a minha esposa e minha filha, que usam e gostam do Linux andaram se desinteressando pela Revista.

Eu acho que a revista precisa de maior variedade de matérias e precisa voltar a ser de interesse mais geral. Acho que há um campo fértil de matérias que podem ser exploradas. Por exemplo: como vai o uso do Linux em outros países da América Latina? Que tal matérias dedicadas a pessoas que não são especialistas em Linux, mas gostam de usar o sistema no dia-a-dia. Vejam bem, isso não seriam aqueles artigos tipo "primeiros passos para usar Linux" e sim usos diversificados do Linux. Por exemplo, que tal algumas matérias sobre arte em Linux? Ou culinária? Ou humor? Que tal matérias sobre como as pessoas usam o Linux em casa? Que tal uma seção infanto-juvenil? Que tal mais matérias sobre aplicações científicas do Linux? Que tal variar o camarada que dá suas opiniões na última página?

Se o objetivo é popularizar o Linux, acho que estas questões são urgentes.

Gerald Weber
gweber@nanolab.usf.br

Mercado de Trabalho

...gostaria de chorar minhas mágoas. Durante muito tempo trabalhei com linguagem C, Assembler e Unix. Após conhecer o Linux acabei virando fã de carteirinha do Pingüim. Onde está o problema? Acontece que em algumas empresas meus conhecimentos não valem para nada. O monopólio que aquela empresa de Redmond criou, ainda reina e, se você não conhece Visual Basic, ASP e outros, é considerado um profissional não qualificado.

Alander Santos
alanderp@yahoo.com.br

Errata - Edição 25

Na matéria O Poder do PHP, capa da edição 25, notei um pequeno erro que atrapalha o correto funcionamento de um dos exemplos. No box E-mails, e-mails e mais e-mails..., no final da matéria, é apresentado um script para enviar arquivos texto por e-mail. O código é:
define ("MENSAGEM", addslashes implode ("",file("mensagem.txt"))));
Mas faltou um ( antes do implode. O correto é:
define ("MENSAGEM", addslashes(implode ("",file("mensagem.txt"))));

Roberto Assis
roberto@uniube.br

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A seção C@rtas (cartas@RevistaDoLinux.com.br") é destinada ao leitor para que opine sobre o conteúdo da Revista do Linux, enviando suas sugestões ou comentários. As cartas podem ser resumidas por questão de espaço.