Entrevista
Mel doce, ferrão afiado
Para ele, o conhecimento deve ser livre, e livre também será o espaço que concedemos neste meio de comunicação para que as idéias cheguem a um número maior de pessoas. Ricardo Andere de Mello, também conhecido na comunidade de informática como Gandhi, é presidente da ONG Quilombo Digital, uma das instituições do Terceiro Setor mais respeitadas e conhecidas no segmento da Tecnologia da Informação. Mello é também uma das conversas mais agradáveis e inteligentes entre os ativistas do movimento de software livre, e posso dizer, sem medo de errar, que ouvir o que ele diz nos anima a continuarmos na luta em prol da liberdade dos códigos fonte. Vamos iniciar a entrevista desta edição da Revista do Linux reproduzindo da forma mais fiel possível essa conversa, mediada por e-mail.
Ricardo por ele mesmo
"Sou humano como você, tenho desejos e sonhos como qualquer outra pessoa. Não sou super-homem, santo, papa, guru, garanhão, expert, m$-certified, ninja, hacker, fera ou maluco. A única coisa que me difere de você é que sou livre. Posso falar coisas que possam me levar a ser despedido, mas mesmo assim, isto não importa. Posso usar software livre sem ter que achar que ele tem que ser viável economicamente; eu o uso por ser correto. Sou pai. Quero que minha filha possa usufruir dos frutos de minha luta e ideais. Sou jovem, e sempre serei. Estudei em escolas normais, tirei notas menores que as normais e me diverti o suficiente para me alegrar por estar vivo. Sempre estarei em débito com o mundo - cada dia vivido na terra só aumenta a minha dívida, e o melhor jeito de quitá-la é começar a pagar antes de morrer".
Revista do Linux - A comunidade reagiu de forma bem humorada e surpreendente à briga da SCO com a IBM. Você também quer ser processado pela SCO?
Ricardo Andere de Mello - (risos) Com certeza! Mas eu acho que sou o único entre os milhares que assinaram a petição contra a SCO que realmente quer perder... Eu iria fazer questão de vender todos os meus bens, ou seja, um Ford Ka 97, um sofá novo e uma cama que o meu pai fez, entrar em uma copiadora de CDs com uma distribuição GNU/Linux em minha mão e dizer: "Tá vendo esse monte de dinheiro? Queima tudo em CD!!!!" Quando o oficial de justiça entrasse em minha casa com o mandado de apreensão dos bens, ele iria me ver sentado sobre uma pilha enorme de CDs de GNU/Linux, e, nesse momento mágico, eu diria com um grande sorriso: "Pode levar, é tudo seu!~T. A vida lhe prega muitas peças, mas ninguém disse que você não pode pregar umas peças nela também. O que seriam das causas nobres se não existissem os vilões.
RdL - Deixando a brincadeira de lado, como você avalia essa disputa, sendo um membro ativo da comunidade de software livre?
RAM - Bom, não dá para deixar a brincadeira totalmente de lado. Quando se faz o que gosta, é fácil se divertir. As empresas ainda não perceberam o poder que possui a comunidade software livre. Afinal, ela está derrotando a maior empresa de software do mundo, sem fazer lobbies ou conchavos. Vocês já imaginaram se fizesse? A SCO é um primeiro teste de combate. Eles escolheram uma empresa pequena para analisar o quanto podem mexer com esta colméia. Percebam, o mel desta comunidade é doce, mas o ferrão das abelhas é afiado. Nunca tente jogar uma pedra nesta colméia, ou terá que pular no rio para não ser picado. Eu li uma infinidade de artigos e devaneios a respeito deste assunto e cheguei à seguinte conclusão: Vou usar a mesma lógica que utilizei quando prenderam um jogador do Corinthians no Equador por suspeita do famoso "chá de coca". A minha lógica dita o seguinte: contabilizei a torcida organizada do Corinthians versus o exército equatoriano e percebi que na pior hipótese, bastava a torcida organizada invadir o país que estaria tudo certo. Fundaríamos a república da Fiel. Pena que soltaram o jogador... É incrível como não percebem que a vantagem numérica e geográfica é muito superior no software livre, não há como jogar uma bomba atômica no mundo inteiro! Quem sabe os adeptos do software livre pudessem criar um país virtual. Se a sua ação fosse conjunta, já imaginaram a força de um boicote, ou melhor, um "denial of service~T mundial? A grande verdade é que ganhamos esta guerra naturalmente, sem artimanhas ou aparatos, mas precisamos tornar a nossa voz mais ativa e unir os pequenos grupos deste país em prol de um único objetivo: responder às empresas que estão controlando a SCO na mesma altura. As mega-corporações estão se preparando para jogadas desesperadas e este momento é perigoso. Para aqueles que assistiram ao filme Matrix II, as máquinas tentam um ataque arrasador a Zion, com toda a sua força. Esta será a derradeira batalha pela sobrevivência. O DMCA, o Palladium e outras iniciativas só demonstram que eles estão desesperados, pois sabem que não há como impedir esta nova era. Durante o IV Fórum Internacional de Software Livre nós (grupos de usuários e ONGs de Software Livre) criamos um espaço para que possamos ter ações conjuntas. O nome deste elo de comunicação é ~SA Coisa~T. Não é uma entidade, não é uma organização, não é uma federação, é simplesmente ~SA Coisa~T. O objetivo desta estrutura é dar voz política a estes grupos e permitir que eles se comuniquem diretamente, sem muito ~Sruído~T. Para que isto funcione, cada grupo deve eleger um representante, cuja única função será repassar as informações do grupo ao ~SA Coisa~T e vice-versa. O ~SA Coisa~T é uma estrutura anárquica, não representará nem obrigará grupo algum a fazer qualquer ~Scoisa~T, é apenas uma linguagem universal para todas estas entidades. Quem estiver interessado pode dar uma olhada em acoisa.imprensalivre.org.
RdL - Quais os princípios filosóficos que você considera mais importantes no contexto do mundo open source?
RAM - Bom, talvez a sua pergunta demonstre, em seu corpo, a questão que eu considero uma das mais importantes no contexto do mundo Software Livre: a diferenciação entre os termos "open source (código aberto)" e "software livre~T. O software livre cresce com muita velocidade, e se não nos preocuparmos com a ideologia podemos facilmente esquecer de onde viemos e por que lutamos. Eu quero que, ao perguntar para a minha filha por que ela usa software livre ela responda ~Sporque é correto, papai queridinho~T, e não ~Sporque é de graça, coroa sem noção~S. Para que isso aconteça, certos ideais devem ser sempre lembrados. Devemos lembrar, no entanto, que não há liberdade sem limites estabelecidos. A GPL possui restrições para garantir a sua liberdade, ou como costumo dizer, só a GPL salva! Não é engraçado que não há sequer uma empresa grande patrocinando um projeto GPL? Preciso dizer quem patrocina os projetos principais das licenças bsd, mozilla e apache? A questão é, se você quer mesmo fazer o bem, libere em GPL, o fato de você não liberar em GPL só indica que você coloca os seus interesses acima da comunidade, ou seja, você quer ajudar a comunidade, desde que você possa se beneficiar disto mais que os outros. Isto não se parece muito com desprendimento solidário para mim. O fato que quero reforçar é que o movimento software livre tem uma filosofia e uma história, e essa história deve ser contada por alguém. O pessoal costuma dizer que o Stallman é maluco, mas vocês conseguem imaginar o software livre sem ele? Segundo o Jaco, do Free Software Consortium, se ele não existisse, o inventariam. Destes extremos surge o bom senso e a unidade, e é isso que importa.
RdL - A exploração comercial dos softwares livres é boa ou ruim para a comunidade? Quem ganha e quem perde com isso?
RAM - Mas é claro que é boa, desde que todo mundo ganhe com isso! As empresas estão absorvendo facilmente a tecnologia do software livre, mas estão com dificuldades em abandonar velhos dogmas empresariais. A empresa para obter sucesso no ambiente software livre precisa mudar todo o seu paradigma, tornando funcionários sócios da iniciativa, e premiando a produtividade de seus desenvolvedores. Além disso, as empresas médias não costumam investir em tecnologia, esperam que as grandes façam isto. Se as empresas médias continuarem com esta mentalidade, continuarão para sempre do mesmo tamanho. As tecnologias de ponta são o real trampolim econômico destas empresas. Eu tenho o péssimo hábito de criticar as empresas, mas espero que entendam que estou generalizando. Eu realmente espero que elas encontrem o seu caminho.
RdL - Como você avalia a questão da capacitação das pessoas com softwares livres? Trabalhar com crianças é mais fácil do que com adultos?
RAM - Bom, você pode começar perguntando ao pessoal do GNUTeen (gnuteen.hpg.com.br). Vejam a seção de fotos e entenderão o que o futuro nos reserva. Na minha adolescência, fui monitor de acampamentos de crianças, desde então, tenho um carinho muito especial por crianças. Particularmente, eu nunca me importei muito com a inclusão digital da criança, pois sempre achei que esta decisão deve partir somente da criança, e deve ser natural. Mas a questão é que na maioria das vezes esta escolha não está disponível para a criança, e, nesse momento, nós devemos agir. A capacitação em software livre que os Telecentros (www.prefeitura.sp.gov.br/cidadania/telecentros/index.asp) proporcionam me faz chorar de felicidade. Parece coisa boba, mas faz sim. Ver 1200 computadores com GNU/Linux, funcionando em tempo integral, com milhares de pessoas sendo incluídas digitalmente, me faz acreditar que o mundo está melhorando, que talvez tenhamos finalmente chegado ao fundo do poço e que agora o caminho seja somente para cima. Nesses telecentros não há muita diferença nas idades, crianças e velhos compartilham o mesmo espaço e aprendem no mesmo ritmo. Pessoas excepcionais fazem valer os dois sentidos da palavra. Eu queria ter um telecentro dentro de casa. Gostaria de receber as pessoas, dizer bom dia, mostrar como usar o mouse. Deve ser reconfortante! Os adultos (crianças com roupa maior) normalmente estão mais preocupados com certificações que lhe garantam bons empregos, o que eu até acho louvável, mas até agora só tive bons empregos e não possuo nenhuma certificação, portanto não posso concordar que a certificação seja algo essencial. É como uma faculdade, se você só quer o diploma, faça a que o mercado indica, mas se você quer aprender de verdade, faça a que o seu coração indica. E os idosos, o que dizer deles? A minha avó usa o computador, com seus 78 anos, e o incrível é que utiliza um trackball! Eu mesmo não consigo usar aquilo, e o mais engraçado é que eu não tenho nada a ver com isso, ela tomou essa iniciativa sozinha. Esta é a parte bonita da história, mas eu ainda penso: como um aposentado ganhando uma miséria pode sequer pagar uma conta telefônica para acessar a Internet ou ainda comprar um computador?
RdL - Ainda falando de educação, nossas universidades estão preparadas para ensinar usando ferramentas open source?
RAM - Bom, do ponto de vista técnico é claro que sim, mas do ponto de vista de maturidade social não. As universidades ainda confundem o seu papel na sociedade. Elas estão cada vez mais se tornando empresas e não instituições de ensino. Note que eu estou falando de universidades federais também. Como aceitar professores de instituições federais que fazem descobertas e abrem uma empresa externa para patentear a idéia e obter lucro? Devo lembrá-los que quem pagou suas pesquisas foi a sociedade? A quem então pertence esta informação? Alguns podem até dizer "mas o professor estudou a vida inteira...", e eu digo que o trabalho de um pedreiro que trabalha de sol-a-sol não pode ser menos importante. Esta relação informação/poder deve ser quebrada para que a humanidade possa finalmente sair de seu ciclo material e entrar em sua era social.
RdL - O Quilombo Digital surgiu a partir do quê? Quais projetos vocês já desenvolveram e estão desenvolvendo atualmente?
RAM - O Quilombo Digital na realidade surgiu há quatro anos, quando tive um "insight". Eu era sócio de um escritório de multimídia e resolvi criar uma estrutura diferente, uma espécie de incubadora onde tudo seria possível. Isto acabou gerando um documento chamado ~SQuilombo Digital - O Capital e o Bem-Estar, a Empresa e a Amizade~S. Distribuí este documento para alguns amigos próximos analisarem e eles me retornaram com suas observações. Conclui que era um sistema maravilhoso, mas demasiadamente utópico. Eu precisava primeiro catequizar as pessoas para uma idéia mais social com relação à empresa e ao software. O software livre na realidade representa apenas uma parte desta busca de liberdade criativa. Para quem tem curiosidade, o nome Quilombo Digital surgiu de uma idéia simples, os quilombos eram pedaços da África no Brasil, com suas próprias regras e tradições. Os escravos arrebentavam suas correntes e fugiam para o mato, onde ficavam perdidos até finalmente encontrar a desejada paz e liberdade no Quilombo. Com o tempo eu fui encontrando alguns amigos, como o Luís Capitulino, o Nelson Ferraz, o Paulino Michelazzo, o Vinícius Callegari, e mais uma infinidade de pessoas dispostas a organizar um movimento de resistência à ignorância tecnológica, mais comumente chamada de software proprietário. Combatemos o mau uso do FUST, policiamos as empresas e divulgamos a nossa mensagem. Ao longo destes anos, temos tentado melhorar a comunicação entre os grupos, efetivado ações de inclusão digital e fomento de dispositivos de proliferação do conhecimento. Estamos em nosso momento mais favorável, com pessoas no governo nos ajudando e realmente torcendo para a grande virada acontecer agora.
RdL - Você acredita que, com a ascensão da esquerda ao governo federal, seja este o momento do software livre "deslanchar", ou é apenas "fogo-de-palha~S?
RAM - Aqueles que se interessem por este assunto seria interessante procurarem o livro "Software Livre e Inclusão Digital" (www.telecentros. sp.gov.br/interna.php?id=863), da editora Conrad. Neste livro, lançado em Porto Alegre durante o Fórum Internacional de Software Livre, 18 autores (entre eles eu, Sérgio Amadeu, João Cassino, Sérgio Miranda, Paulino Michelazzo e outros) demonstram que o software livre é realidade imutável e o governo será o grande impulsionador do movimento no Brasil, não as empresas. Isto será um fato inédito em todo o mundo, uma administração pública ignorando o poder corporativo e objetivando a inclusão digital de seus cidadãos. O processo não é tão simples quanto parece. Não adianta simplesmente doar uma máquina e o software; é preciso garantir o acesso à rede mundial de computadores, ou seja, à Internet. Isto significa que as redes de comunicação devem ser modernas e também acessíveis a toda a população. Quanto a se vai ~Sdeslanchar~S ou vai ser ~Sfogo-de-palha~S, só posso dizer que o que estamos observando é um processo irreversível, é como o crescimento da Internet, não dá para precisar, mas a única certeza que temos é de que ele vai em uma só direção.
Falando do aspecto político, a grande vantagem da esquerda no Brasil é que ela tem, sobretudo, coragem, não tem medo de tentar fazer do jeito certo, ao invés de se render à lei de Gérson. Eu faço questão de citar duas pessoas que são minhas amigas e que admiro muito, Sérgio Amadeu, do ITI, e Mario Teza, do Comitê Gestor da Internet no Brasil. Ambos possuem um dom muito precioso: conseguem reunir a inteligência e a solidariedade na busca de suas metas. Os nossos adversários costumam chamar os adeptos de software livre de muitos "istas": Socialista e Comunista, mas a única interpretação que eu considero realmente válida é a de ~SHumanista~S.
RdL - Você acredita que o termo "exclusão digital" é o correto para mensurarmos o grau de atraso tecnológico em que vivemos? Somente dar acesso à Internet resolve esse problema?
RAM - Seria muita presunção minha dizer que este é o nosso principal problema. Não dá para competir com mazelas como a fome e falta de atendimento médico ou de professores nas escolas. A inclusão digital apenas ajuda a quebrar este círculo vicioso. É como o problema do estagiário. Ele quer entrar no mercado de trabalho, mas o mercado de trabalho exige experiência. O resultado disto é que não se investe em treinamento e a força operária deste país não se torna efetivamente uma mão de obra qualificada. Eu sou o tipo de pessoa que faz doações, e acho que todos deveriam fazer, porque, infelizmente neste sistema, para alguém ganhar, outro tem que perder. Eu escolhi a trilha do software livre porque é a área mais próxima de mim, mas se tivesse outra profissão, com certeza a minha luta seria outra. Eu acredito que faço parte de uma revolução social muito maior e complexa, que atinge todos os segmentos da sociedade. O conhecimento, antes de tudo, deve ser livre.
RdL -De que maneira o Terceiro Setor - do qual o Quilombo Digital faz parte - pode contribuir para diminuirmos a distância tecnológica entre pobres e ricos no Brasil?
RAM - O terceiro setor é a nova "bola da vez". Todos estão voltando a sua atenção ao terceiro setor e, com isto, milhares de pequenas organizações estão surgindo. Eu acho isto muito importante, mas, ao mesmo tempo, gera um outro problema: surgirão pequenas ~Sempresas~S dispostas a lucrar muito com isto. Deve haver uma maior fiscalização das ONGs, para evitar que isto aconteça. Bom, você citou pobres e ricos, portanto estamos falando de dar uma solução para esse mundo caótico. Eu não acho que vá ver isso ainda em vida, mas isto não me importa, pois eu sei que um dia acontecerá. O importante é sempre manter o foco. O Quilombo Digital vai sobreviver sem as minhas idéias ou opiniões. Assim que ele estiver totalmente independente, partirei para novas aventuras. Tenho certeza que ele ajudará a construir uma ponte sobre este abismo tecnológico. O terceiro setor não faz absolutamente nada sem a ajuda da sociedade e do governo, sua tarefa é ser o elo de comunicação destes elementos. Este é o único caso onde um é bom, dois é muito bom e três é bom demais!
RdL - Você acredita que as parcerias com os setores públicos e privados são o caminho para que vocês possam atingir os seus objetivos sociais? Se sim, quais parcerias vocês estão buscando e que contrapartida podem dar?
RAM - Tenho seguidamente visto empresas privadas querendo ajudar em causas sociais. É engraçado perceber que nem fazem muita questão de "descontar a doação do imposto de renda". Quando algumas pessoas perguntam como vou conseguir patrocínio para minhas idéias, eu respondo que vou fazer as grandes empresas fazerem isto. Elas respondem que estas grandes empresas vão querer algo em troca, e eu respondo: Quer algo melhor do que fazer uma criança feliz? Será que um espaço publicitário pode pagar um sorriso? Pode ser a coisa mais utópica deste mundo, mas é isto que me faz ser diferente dos outros e mais feliz. Prefiro ser louco feliz que racional deprimido. O que podemos oferecer aos nossos parceiros é uma publicidade positiva. Quem ajuda o Quilombo estará ajudando a comunidade, em um processo totalmente transparente. Quando algo novo chega para a ONG, é apresentada em uma lista de discussão com 120 pessoas que estão lá para discutir como lidar com aquele tema. Esperamos ter muito mais membros futuramente, motivo pelo qual abrimos inscrições pelo valor de 20 reais anuais. (Para falar a verdade nós só cobramos para a pessoa se sentir mais integrante do Quilombo. Mas se ela não tiver nem vinte reais, não será isto que vai impedi-la de se inscrever no Quilombo Digital, basta me mandar um e-mail). O software livre não é a ponta do iceberg, é o sol que derrete o iceberg.
Rodrigo Asturian
asturian@RevistaDoLinux.com.br