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Dicas & Dúvidas

Conteúdo ao contrário

Muito provavelmente você já usou o comando cat para mostrar o conteúdo de um arquivo, certo? O cat mostra o conteúdo do arquivo em ordem, da primeira até a última linha. Mas e se fosse preciso listar primeiro a última linha, depois a penúltima, e assim por diante, até a primeira?

A maioria das distribuições Linux contém um programinha chamado tac, que, como o nome sugere, é o contrário do cat.

Por exemplo, crie um arquivo chamado teste com o conteúdo:
1
2
3
4
5
6

Agora, verifique seu conteúdo com o cat. Deve aparecer a mesma lista acima. Agora, dê o comando:
$ tac teste
e você verá a lista de trás para frente. Teste isso com um arquivo texto e veja o resultado!

Montar novas partições

Quando você instala um novo HD no seu Linux, tem de particioná-lo e montá-lo no sistema para poder utilizá-lo. Para descobrir as partições que estão ativas no seu Linux, dê o comando
# cat /proc/partitions
que vai mostrar a lista de partições da sua máquina. hda é seu primeiro dispositivo IDE, hdb é o segundo, hdc é o terceiro e hdd é o quarto. Normalmente, hda é o winchester master da IDE 0; hdb é o winchester slave da IDE 0; hdc normalmente é o CD-ROM, se você o instalou em uma controladora diferente (as placas-mãe atuais têm duas controladoras IDE: a 0, para hda e hdb, e a 1, para hdc e hdb).

O comando acima mostrará o seguinte quadro:

major minor #blocks name
3 0 8257032 hda
3 1 8001 hda1
3 2 1 hda2
3 5 1052226 hda5
3 6 136521 hda6
3 7 7052503 hda7
3 0 849381 hdb
3 1 822814 hdb1

Quer dizer, existem dois hds na máquina. O primeiro (hda) possui cinco partições (hda1, hda2, hda5, hda6 e hda7) e o segundo winchester (hdb) possui apenas uma partição (hdb1). Se houvesse um CD-ROM, provavelmente seria hdc.

Para montar o hdb1 (lembre-se, você monta PARTIÇÕES e não WINCHESTERS) use o comando:

# mount -t ext2 /dev/hdb1 /ponto_de_montagem
se estiver formatado em ext2, ou
# mount -t vfat /dev/hdb1 /ponto_de_montagem

se estiver formatado pelo DOS ou Windows.

Final do arquivo

Às vezes queremos consultar as últimas mensagens de um arquivo de log do sistema, ou as últimas linhas de outro arquivo qualquer. Poderíamos usar o comando tac visto acima, mas há uma solução mais elegante.

Com o comando tail, podemos ler, na ordem em que aparecem, as últimas linhas do arquivo. Por exemplo:
# tail /var/log/boot.log
mostra as dez últimas mensagens de inicialização do Linux, gravadas no arquivo boot.log. Se desejar um número diferente, utilize a opção -n.
# tail -n 17 /var/log/boot.log

Isso mostra as 17 últimas linhas do arquivo.

Medindo o tempo

Existe uma maneira fácil de medir o tempo que um programa ou comando leva para ser executado. Para tanto, utilize o comando time, que conta o tempo de execução de qualquer processo.

Para utilizá-lo, simplesmente digite:
$ time comando

O comando será executado normalmente, mas no final da execução um quadro mostrará o tempo gasto. Por exemplo:
$ time ls
listará o conteúdo do diretório atual e logo depois o quadro:
real 0m0.115s
user 0m0.010s
sys 0m0.010s

Experimente com comandos cuja execução é demorada. Por exemplo, como root, digite:
# time updatedb

Netiqueta

Esta não é uma dica relacionada diretamente com Linux. Mas é frustrante freqüentar newsgroups ou assinar listas de discussão e ver pessoas, mesmo com experiência, sem nenhuma educação ao teclado.

Para dar uma orientação aos iniciantes e um puxão de orelha nos iniciados, apresentamos abaixo algumas regras que devem ser utilizadas por todos em conversas on-line. Este texto foi retirado do Guia Foca Linux, de Gleydson Mazioli da Silva (gleydson@escelsanet.com.br), e está disponível em www.metainfo.org/focalinux O texto foi mantido como no original, sem alterações.

  • Não envie mensagens em maiúsculo porque VAI PARECER QUE VOCÊ ESTÁ GRITANDO! Isso é uma regra de etiqueta na Internet. Já recebi muitas mensagens de gente escrevendo TODO o e-mail dessa forma e ignorei a todos!

  • Sempre coloque um assunto (subject) na mensagem. O assunto serve como um resumo do problema ou dúvida que tem. Alguns usuários, principalmente os que participam de várias listas de discussão, verificam o assunto da mensagem e podem simplesmente descartar a mensagem sem lê-la, porque às vezes ele não conhece aquele assunto.

  • Nunca use "Socorro!", "Help!" ou coisa do gênero como assunto, seja objetivo sobre o problema/dúvida que tem: "Falha ao carregar módulo ne do kernel", "SMAIL retorna a mensagem Access denied", "Novidades: Nova versão do guia Foca Linux".

  • Procure enviar mensagens em formato "texto" em vez de "HTML" para as listas de discussão, pois isto faz com que a mensagem seja vista por todos os participantes (muitos dos usuários "GNU/Linux" usam leitores de e-mail que não suportam formato html) e diminui drasticamente o tamanho da mensagem, porque o formato texto não usa tags e outros elementos que a linguagem HTML contém (muitos dos usuários costumam participar de várias listas de discussão, e mensagens em HTML levam a um excesso de tráfego e tempo de conexão).

  • Muitas pessoas reclamam do excesso de mensagens recebidas das listas de discussão. Se você recebe muitas mensagens, procure usar os filtros de mensagens para organizá-las. O que eles fazem é procurar por campos na mensagem, como o remetente, e enviar para um local separado. No final da filtragem, todas as mensagens de listas de discussão estarão em locais separados e as mensagens enviadas diretamente a você entrarão na caixa de correio principal, por exemplo.

  • Um filtro de mensagens muito usado no "GNU/Linux" é o "procmail". Para mais detalhes consulte a documentação deste programa.

  • O Netscape também tem recursos de filtros de mensagem que podem ser criados facilmente através da opção "Arquivo/Nova Subpasta" ("File/New Subfolder") do programa de e-mail. Depois defina as regras através do menu "Editar/Filtros de Mensagens" ("Edit/Message filters") clicando no botão "Novo" ("New").

    Para mais informações, consulte o documento oficial RFC1855, em inglês, disponível em www.cis.ohio-state.edu/htbin/rfc/rfc1855.html[.]

    Sites em português sobre Netiqueta:

  • www.icmc.sc.usp.br/manuals/BigDummy/netiqueta.html
  • www.webrecife.com/ryan/netiqueta.htm
  • homepage.esoterica.pt/~amcf/netiqueta/
  • www.number16.hpg.com.br/html/netqueta.htm

    Ajuste no LILO

    Da Lista Dicas-L, mantida por Rubens Queiroz de Almeida (queiroz@unicamp.br)

    As informações a respeito da memória de seu sistema podem ser obtidas a partir do arquivo /proc/meminfo:
    $ cat /proc/meminfo

    Normalmente sistemas Linux reconhecem toda a memória existente em um sistema. Em meu sistema pessoal, conforme pode-se ver acima, estão disponíveis 32Mb de memória real, 84Mb de área de Swap e várias outras informações. Caso essa informação esteja diferente da configuração de seu sistema, que utiliza menos memória do que a disponível, basta editar o arquivo /etc/lilo.conf e incluir na primeira linha a seguinte diretiva:
    append="mem=128M"

    O arquivo /etc/lilo.conf completo deverá ficar como abaixo: append="mem=128M"
    boot=/dev/hda
    map=/boot/map
    install=/boot/boot.b
    prompt
    timeout=50
    other=/dev/hda1
    label=dos
    table=/dev/hda
    image=/boot/vmlinuz-2.2.14-1cl
    label=linux
    root=/dev/hdb1
    read-only
    password=root

    Problemas de NFS

    Por Andreas Hasenack andreas@conectiva.com.br

    Uma dica para quando derrubarem um servidor NFS e você não teve tempo de dar um umount em um diretório que você estava usando daquele servidor. Como resultado, sua máquina e/ou comandos:

  • ficaram pendurados naquele estado D imatável;
  • seu trabalho pára;
  • você acha que tem que rebootar sua máquina, removendo o servidor derrubado do /etc/fstab antes, senão trava no boot também (estão percebendo a associação nfs <-> trava, ou nfs <-> reboot?);
  • você fica mal humorado (qualquer semelhança é mera coincidência).

    Para continuar trabalhando e preservar a sanidade, faça o seguinte:

    1. Coloque no seu /etc/exports o mesmo diretório que você estava usando daquele servidor. Se ele não existir localmente, crie-o, vazio mesmo.

    2. Inicie NFS na sua máquina
    #/etc/rc.d/init.d/nfs stop
    #/etc/rc.d/init.d/nfs start

    3. Faça:
    # ifconfig eth0:0 ip-do-servidor-derrubado

    4. umount /diretorio
    Pronto, já pode derrubar o alias da placa de rede (ifconfig eth0:0 down), detonar o diretório que foi criado (se preciso) e remover as entradas adicionais do /etc/exports. Note que o diretório criado para a operação pode conter partes do trabalho não salvas no NFS, portanto é bom conferir!

    TAR seletivo

    Por Leandro Martelli martelli@magnux.com.br

    Para fazer um backup seletivo, deixando de incluir um determinado diretório, utiliza-se a opção — exclude. Por exemplo, para fazer um backup excluindo o cache do Squid:
    tar -f backup.tar –exclude /var/spool/squid

    O comando empacotará toda a árvore mas deixara o Squid de fora.

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