Revista Do Linux
 


 
EDIÇÃO DO MÊS
 CD do Mês


 Capa
 Entrevista
 Estudo de Caso 1
 Estudo de Caso 2
 Desenvolvimento
 Programação
 Segurança
 REDES
 Comunidade
 Lançamento
 Internacional
 Mascote
 Corporativo
 Distro
assinantes
 

Business is business

O vice-presidente mundial da IBM para Linux, Marcel Van Hulle, esteve recentemente no Brasil para falar da relação da 'Big Blue' com o pingüim. E quando a gigante IBM resolve falar, é necessário acompanhar com atenção os movimentos da empresa. Afinal de contas, a empresa já investiu US$ 200 milhões somente para apoiar centros de desenvolvimento em Linux ao redor do mundo. Quanto ao suporte, um dos maiores temores dos usuários para a adoção do Linux, Van Hulle faz questão de afirmar que a IBM está preparada para atender 24 horas por dia, sete dias por semana. ~SIsto diminuiu as preocupações dos clientes e resultou em um grande boom, acelerando a adoção do Linux~T, destaca. Para a IBM, o mercado do Linux só deve crescer. Mas como? Leia nesta entrevista à Revista do Linux a estratégia de negócios que a IBM pretende adotar para o mercado latino-americano.

RdL - Por quê a IBM está oferecendo uma “preload” Linux?

MVH - Estes sistemas pré-configurados reduzem drasticamente o tempo necessário para configurar e adaptar o sistema e são ideais para desenvolvedores de software e profissionais de TI que querem disponibilidade o mais rápido possível, com o mínimo de inconveniente.

RdL - Como a IBM dá suporte a Linux em seus servidores?

MVH - A IBM oferece aos clientes uma ampla variedade de serviços e opções de suporte bem como treinamento e programas educacionais através do IGS (IBM Global Services). Os técnicos do suporte IBM Linux estão disponíveis 24 horas por dia para suprir assistência técnica aos clientes. Através de relacionamentos com os principais distribuidores de Linux, a IBM está também ajudando os clientes com suas preocupações de codificação.

RdL - Como podem os Vendedores Independentes de Softwares (Independent Software Vendors - ISVs) levar vantagem do Linux em servidores IBM?

MVH - A IBM criou um centro de competência em Linux em EMEA (Europa, Oriente Médio e África) e AP (Ásia e região do Pacífico), para os ISVs rodarem e testarem suas aplicações Linux em servidores IBM. A IBM dedicou US$200 milhões em quatro anos para dar apoio a estes centros de competência ao redor do mundo. A IBM já fornece desenvolvedores com perícia no sistema operacional Linux para testar aplicações Linux em servidores X-Series (antigo Netfinity) através dos seus “Worldwide Solution Partnership Centers”.

RdL - Por quê é importante o Linux em S/390? Que importância isto tem para os clientes?

MVH - Todos os infalíveis atributos do S/390, sua disponibilidade 24x7, sua escalabilidade, sua performance sem igual, sua habilidade de compartilhar volume de serviço e rodar várias aplicações simultaneamente, todos estes atributos estão disponíveis agora aos clientes que querem rodar aplicações Linux. Enquanto o “Maremoto Linux” varre o mercado, mais e mais aplicações serão feitas para Linux. Clientes que até agora estavam limitados a plataformas onde aplicações web poderiam rodar foram libertados pelo Linux para rodar estas aplicações em qualquer lugar, incluindo o S/390. Com tantos dados do mundo rodando em S/390 hoje em dia, existe a enorme oportunidade para aplicações Linux agora tirarem vantagem desta informação para soluções de E-Business.

RdL - Que efeito esta ajuda IBM causa na Sun?

MVH - Hoje, muitas aplicações web estão rodando no Solaris da Sun, que, por sua natureza proprietária, requer que estes usuários usem sistemas Sparc. O Linux possibilita às aplicações web da Sun rodarem em qualquer servidor, incluindo o S/390, dando à IBM forte concorrência à base de clientes da Sun. A Sun deixou claro que o Linux é uma ameaça à sua estratégia proprietária do Solaris, em vez de oferecer uma aproximação “one-size-fits-all”(o mesmo tamanho serve para todos) aos clientes de Internet. O Linux em S/390 nos dá outra formidável arma no arsenal contra a Sun: um servidor com confiabilidade à prova de bala e escalabilidade sem igual para aplicações para grandes empresas.

RdL - Como os clientes estão aprendendo sobre Linux para S/390?

MVH - Na comunidade de código aberto, as palavras voam de website para website, e a notícia do Linux para S/390 está se espalhando como um incêndio. Até o terceiro trimestre de 2000 tivemos mais de 3.000 downloads de Linux para S/390. O código está sendo distribuído pela SuSe e pelo TurboLinux, além de estar disponível também no website do Marist College. A URL é: www.developerworks.com, e há um link do site da IBM.

RdL - Você poderia nos falar sobre a diferença da estratégia de negócios entre América do Norte, América do Sul e Europa?

MVH - Não há diferença na nossa estratégia IBM Linux. A IBM possui o mais completo portfólio de Linux do ramo, ultrapassando o relacionamento “um vendedor”, confiança e facilidade de suporte e serviços. A habilitação do completo portfólio para Linux - servidores, hardware e software - é esperada a partir do momento em que estivermos dando suporte a qualquer SO, exatamente o que precisamos quando suportamos o Windows, há dez (ou mais) anos. Na categoria software, nós oferecemos 50 produtos abrangendo os segmentos de Web (família Websphere), database (DB2), gerenciamento de sistemas (família Tivoli), e messaging e collaboration (Lotus). Em outubro, nós surpreendemos quando anunciamos a linha de E-Servers e lançamos a linha inteira. Em maio, anunciamos o I-Series, a mais nova plataforma de suporte a Linux, rodando em uma partição lógica sobre OS/400. O P-Series, fornecendo flexibilidade e múltiplos modos de usar o Linux. No Z-Series e, obviamente, no X-Series, agora completos, nós também suportamos Linux em desktops, também popular na comunidade técnica e científica, com o intelistation, que tem o apoio popular ao Linux. Do ponto de vista do setor de serviços, a primeira coisa que precisamos assegurar é o caso de clientes que estavam preocupados e não tinham certeza a respeito do suporte em escala mundial. Em abril de 1999, nós anunciamos que iríamos dar suporte 24x7, como damos a qualquer outro SO para RH, SUSE, TL e Caldera. Nós fornecemos os mesmos SLAs usando contrato de suporte que você poderia usar para o AIX. Isto diminuiu as preocupações dos clientes e resultou em um grande boom, acelerando a adoção do Linux.

RdL - Que alvo a IBM quer atingir no Brasil? Corporativo, educacional, pequenos negócios ou governo?

MVH - Todos os segmentos de mercado são de igual importância para a IBM. Quando se trata de Linux, estes segmentos compartilham algo em comum: eles pretendem empregar uma plataforma de E-Business confiável e econômica. O Linux não é apenas mais estável que o Windows, mas o conhecimento da economia nos custos está causando uma reviravolta no mercado (a exemplo da Amazon.com, cuja migração de Unix para Linux resultou em uma economia de $17 milhões ou seja, uma queda de 25% nos gastos com TI). De acordo com o IDC “Uma rede de 1000 usuários baseada em servidores Linux custaria entre 50% e 80% menos para instalar do que uma rede similar usando servidores Unix”. Nós vemos o Linux assim: A missão de pesquisa apóia o código aberto e o Linux para habilitar a próxima geração tecnológica. Nós vemos o valor de nosso envolvimento direto no código aberto. Estamos comprometidos em fazer do Linux o sistema operacional aberto para a infraestrutura do E-Business que vai elevar o E-Business ao próximo nível. O Linux será o padrão para a infraestrutura de E-Business. Nós temos vários projetos ligados ao Linux, atualmente em andamento, com o foco em aprimorar e realçar a performance. Estamos também tentando aumentar gradualmente o Linux no nível empresarial (Multiprocessamento Simétrico). Em alguns meses, estaremos capacitados a falar mais sobre estes projetos.

Todos os segmentos de mercado são de igual importância para a IBM


A Revista do Linux é editada pela Conectiva S/A
Todos os Direitos Reservados.

Política de Privacidade
Anuncie na Revista do Linux