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ESTUDO DE CASO
 
O uso do Linux aponta para a diversificação de aplicações,
principalmente na administração pública e privada. Dois hospitais o utilizam
em conjunto com o FlagShip na criação de módulos específicos de saúde
 
<IMG> Há um ano e sete meses a empresa G2 Análise e Desenvolvimento foi contratada pela CooperPaz-10, uma cooperativa do sistema de saúde da Prefeitura de São Paulo, para avaliar e solucionar os problemas dos sistemas de informá-tica do Hospital do Campo Limpo. Este grande hospital que atende uma grande população muito pobre e numerosa na região da Zona Sul de São Paulo, é tido como referência pelo volume de inter-nações e atendimentos.
<IMG> O que encontraram lá foi um servidor RISC em funcionamento precário, com uma aplicação defasada, pendências de contrato e cláusulas leo-ninas por parte dos fornecedores. Só para fazer uma atualização do bug do milênio no aplicativo e outra no compilador C, a ferramenta de desenvolvimento, teriam que ser gastos de início US$ 30.000, mais o custo mensal da manutenção e aluguel do sistema. Esse dilema já se arrastava insolúvel por muitos meses.
<IMG> Servindo a uma população de quase dois milhões de pessoas, com 100 mil atendimentos por mês, o hospital precisa de uma aplicação com excelência de performance para fazer frente à demanda. A avaliação da situação foi uma radiografia desastrosa, pois determinava escrever uma nova aplicação a partir do zero para um volume monstruoso de dados e contando com um parque de estações antigas e pouco confiáveis. Com o servidor RISC parado, entrava em seu lugar um Pentium III de 450 Mz, 256 Mb de RAM, e 205 estações velhas, a melhor delas um Pentium 75 com 8 Mb e diversos 486 DX2 com 4 Mb.
<IMG> FlagShip e Linux foi a dupla adotada para construir os módulos da nova aplicação e, ao longo do ano passado, foram criados sistemas para Agendamento Ambulatorial, Atendimento de Pronto Socorro, Clínica Odontológica, Controle Ambulatorial, Estoque de Farmácia e outros, integrados e prontos para uma demanda muito grande de registros.
<IMG> Com a mudança de arquitetura do sistema operacional e da aplicação rodando apenas no servidor, conseguiram o que pode ser considerado um feito, porque a aplicação “voa”, o que tem atraído uma quantidade constante de visitas de técnicos do setor de saúde e profissionais de outras áreas para verem com os próprios olhos o que outros lhes relataram e que estavam duvidando.
<IMG> Desde nove meses atrás, quando os sistemas entraram em operação, nunca mais foram feitas reindexações nos arquivos de dados, nem existiram corrupções nos índices, fatos bem corriqueiros na aplicação anterior, e o sistema tem um desempenho que salta aos olhos de quem o examina. Segundo Gilberto Vieira Filho, um dos diretores da G2, “com o agendamento e acompanhamento de mais de 600 consultas diárias feitas em 98 estações locais e mais 107 de outras unidades, arquivos que chegam a ter mais de 600.000 registros, a complexidade na gerência integrada das unidades e a alta rotatividade dos 302 leitos de inter-nação, a solução adotada foi colocada à prova e levada ao limite da exaustão, e os resultados obtidos foram magníficos”.
<IMG> Esse caso empolgou bastante o pessoal da Secretaria de Saúde paulis-tana, o que os motivou a cogitar a implantação da mesma solução em outros hospitais da cidade, o que está em trâmite no momento.
<IMG> Agora o pessoal da G2 pretende migrar os arquivos de dados, os velhos DBFs, para um servidor Inter-Base, não por um problema de capacidade, mas para extrair os benefícios do relacionamento entre os dados. Como desde a entrada, passando pelo atendimento, internação, controle integrado de prontuários, estoque de farmácia, ambulatório, até a alta do paciente, muitas informações podem ser cruzadas para fornecer um valioso material de prospecção, os técnicos da G2 estão convencidos a fazer a migração para um banco relacional bem mais robusto.
<IMG> Outra experiência de sucesso para uma área tão carente como a da saúde no Brasil é a do Hospital Santa Geno-veva de Goiâ-nia, uma instituição modelo da região Centro-Oeste brasileira, que ao adotar o Linux conseguiu driblar os principais obstáculos do sistema de saúde pública nos últimos anos: um monopólio baseado em licenças extorsivas de software, parque paleolítico de máquinas, pirataria endê-mica e recursos financeiros à míngua.
<IMG> Mais uma vez, a mesma dupla que está se tornando “carne de vaca” na esfera da administração pública brasileira, Linux e FlagShip, voltaram a ser os protagonistas dessa mudança. Tecnicamente, para os clientes, pouco importa se a melhor solução é A ou B, mas se ela regenera o sucateamento das redes, consegue banir por completo a pirataria e também a dependência de licenças run-time, tem um custo transparente e muito mais baixo do que as soluções tradicionais e com desempenho melhor, a situação se inverte, transformando céticos em adeptos fervorosos.
<IMG> A empresa que introduziu a novidade no Santa Genoveva foi a Adasist, e ela já sabia que subs-tituir os sistemas de servidores e estações por Linux daria um ganho de perfor-man-ce substancial. Mas tinham dúvidas se migraria seu pesado Sistema de Administração de Informações Médico-Hos-pitalares, todo escrito em Clipper, para o FlagShip. Os módulos de Farmácia Central interagindo com os de Farmácia Departamental, os de Con-trole de Internações interagindo com outros de Radiologia, e que levaram anos para consolidar sua complexidade à custa de muita depuração, eram um exemplo prático de que essa migração poderia ser extenuante, ou até mesmo impossível. O que ocorreu foi justamente o contrário, o que os convenceu a fazer a migração imediatamente.
<IMG> A pressa da Adasist e do hospital em migrar de plataforma vinha do fato de as corrupções de índices serem freqüentes, e toda vez que tinham que derrubar o sistema por algumas horas para fazer as reindexações deixava os usuários em pânico, a ponto de todos contraírem uma “síndrome da rein-dexação”. Tudo se agravava porque no prazo de dois ou três dias dezenas de milhares de novos registros eram lançados nas bases de dados, e as horas de parada resultavam num caos dos controles do sistema.
<IMG> “Na nova plataforma o maior trunfo é a estabilidade obtida. Com toda a aplicação rodando apenas no servidor Linux, num ambiente segregado e protegido, as reindexações desapareceram por completo e a segurança é total. No lado das estações, o desempenho ao rodar remotamente a aplicação com a velocidade do servidor, com total integridade, em alguns momentos chega até a beirar a perfor-mance de sistemas real-time, afirma Washington, diretor da Adasist.
 
Solução adotada no Hospital de Campo Limpo, em São Paulo, tem atraído visitas de técnicos do setor de saúde e de outras áreas
 
 

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