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<IMG> Corporativo
<IMG> No mesmo filme
 
<IMG> SGI é sinônimo de estabilidade e performance. Conheça os motivos que a levaram a apostar no Linux
 
<IMG> A Silicon Graphics (SGI) vem se destacando como um dos apoios mais notáveis ao Linux, principalmente por portar várias de suas aplicações do ambiente Irix e por financiar muitos projetos de código aberto da comunidade Li-nux. Uma visita ao site da empresa (www.sgi.com) oferece uma boa medida de como ela empresta sua credi-bilidade ao movimento. Lá pode-se conferir as ferramentas que estão sen-do liberadas para o Linux se integrar cada vez mais com a família de soft-wares da plataforma Irix.
<IMG> Desde sistemas científicos sofisticados da NASA, até simulações complexas de realidade virtual na Petro-brás, passando pela indústria de efeitos especiais para cinema e televisão, são inúmeros os casos que explicam como a fama de fabricante de hard-ware e software de altíssima qualidade sempre precedeu a Silicon na conquista de novos clientes, e isto foi cons-truindo uma imagem de excelência em sua trajetória.
<IMG> Para saber mais sobre a estratégia da empresa com o Linux , a RdL foi falar com Vinicio Ostrovski, gerente técnico de pré-vendas da Silicon para a América Latina.
<IMG> Revista do Linux - A Silicon vem apoiando bastante o Linux e essa estratégia parece identificar-se com a de outras grandes empresas como Sun, IBM e HP. Fale-nos um pouco sobre isso.
<IMG> Vinicio Ostrovski - Não sei das outras, mas a Silicon vê o Linux como um verticalizador da plataforma Unix. Ele não está presente no nosso habitat, ou melhor, nos grandes servidores onde está o Irix, mas está num patamar de máquinas de menor poder de processamento e isso nos interessa porque traz confiabilidade e segurança e, num futuro próximo, a escala-bilidade necessária. Temos uma linha de máquinas menores em nossa tabela de preços, que usam o Itanium, que já sai com Linux instalado para nossos clientes. Até há pouco, a opção era por NT ou Linux, mas des-conti-nuamos a linha de proces-sadores de 32 bits e agora a opção é só por Linux. É o que estamos oferecendo aos nossos clientes.
 
<IMG> RdL - E como seus clientes estão recebendo isso?
<IMG> VO - Eles têm uma certa desconfiança, que certamente é infundada, porque acham que como o Linux é um pro-duto sem dono, sua confiabilidade e suporte não serão garantidos. Com certeza é uma cultura que irá mudar, mas precisa de tempo. A Silicon oferece esse suporte por um valor baixo, para tranqüilizá-los de que, se estamos oferecendo algo novo, podemos dar suporte completo para a solução. Sabe co-mo é, nossos clientes lêem as estatísticas de estabilidade do Irix e temem adotar algo fora da plataforma, mas sem-pre esclarecemos que o propósito do Linux é outro. O Irix consegue trabalhar com até 1024 processadores e é orientado para uma carga absurda de proces-samento, mas esse não é o perfil mais indicado para as tarefas mais genéricas de uma rede, e é aí que o Linux aparece.
<IMG> RdL - Porque a linha de máquinas de 32 bits foi descontinuada? O que aconteceu?
<IMG> VO - Não é o nosso mercado. Oferecemos essa linha, a IA32, por um ano e concluímos que não era uma coisa interessante. É claro que es-tamos preparados para trabalhar em qualquer plataforma, mas nossa “vocação” é, e sempre será, o ambiente Unix e o processamento pesado. Depois que encerramos nosso suporte para NT, nossos técnicos deram “graças a Deus”, eles não agüentavam mais... O PC evoluiu muito nos últimos anos em poder de pro-cessa-mento, e agora com o Ita-nium 64 bits e com o Linux, podemos oferecer uma máquina poderosa e preparada para nossas exigências de desempenho por um custo bem mais acessível.
 
<IMG> RdL - Sabe-se que dentro da Silicon muitas aplicações estão sendo portadas para Linux. Qual a razão disso?
<IMG> VO - Disponibilizamos para a comunidade Linux o nosso sistema de arquivos, o XFS, por exemplo. Quando um servidor Irix responde pela armazenagem de uma grande rede, é fundamental uma transparência no sistema de arquivos para outros sistemas. A Silicon está portando outras aplicações para o Linux, como, o Mi-neset, uma ferramenta de pros-pec-ção de dados; o Gra-phics cluster, solução que utiliza vários PCs 750 com Linux, cada um com placa gráfica de 64 bits, indicados para problemas pequenos/médios e qualidade média de saída a ser apresentada; e o Failsafe, so-lução de alta disponibilidade, onde, basicamente uma estação assume outra, caso esta falhe, em nível de processo e IP.
 
<IMG> RdL - E o Irix tem planos de abrir seu código?
<IMG> VO - Não. Primeiro, porque ele é otimizado para uma arquitetura muito restrita e bem menos universal que o Linux. Depois, porque o feedback resultante de um sistema aberto como o Linux é muito maior do que seria com o Irix. Enquanto o objetivo maior do Irix é a performance e a ênfase no poder de processamento, a do Linux é a universalidade.
<IMG> RdL - Ouve-se falar muito em Silicon na área de vídeo digital. Esse é o principal segmento do Irix?
<IMG> VO - Somos realmente bem conhecidos nessa área, de fato, mas esse segmento nem é tão rentável para nós, ocupando apenas o quarto lugar em nossa receita. É um segmento no qual a Silicon é muito forte, principalmente na edição não-linear de vídeo. Mas é na área de CAE, no ge--rencia-mento de logística e na simulação de realidade virtual que desempenhamos bem mais, comercialmente falando.
<IMG> Um de nossos maiores clientes aqui no Brasil é a Petrobrás e eles fazem um uso bem intenso de simulações de realidade virtual em seus servidores Irix. Se somos mais conhecidos na outra área, é porque provavelmente a indústria do entretenimento aparece mais na mídia. Aliás, disponi-bilizamos uma ferramenta de edição de vídeo do Irix para Linux, o Media Base, porque acreditamos que os clusters com Irix e Linux são uma tendência muito forte para os próximos anos. Mais uma razão para portarmos aplicações para Linux.
 
<IMG> RdL - E essa ascensão do Linux em todo o mundo? Como vocês analisam o fenômeno?
<IMG> VO - Tudo indica que está havendo uma migração mais intensa para o lado servidor, ou um retorno “aos velhos tempos”. Vemos a Microsoft abrindo muitos códigos e tentando se ajustar a uma nova realidade, se é que ela vai conseguir. Notamos que o mercado já mudou e que vai mu-dar mais ainda. Poder baixar o Li-nux gratuitamente da Internet, um Unix robusto, estável, escalável, com milhares de aplicações, com seus códigos abertos, com um ciclo de atualizações muito maior que o software comercial, é fantástico para os usuários, mas também é um tormento para empresas que não tenham sistemas de alta performance.
 
<IMG> olho: Depois que encerramos nosso suporte para NT, nossos técnicos deram “graças
<IMG> a Deus”
 
<IMG> legenda: Ostrovski: clusters com Irix e Linux é forte tendência para os próximos anos
 
 

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