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Internet
A ameaça oculta
Pragas virtuais disseminam-se pela
Internet e provocam danos consideráveis em softwares proprietários
Ultimamente, a mídia tem dado muita
atenção a ataques maciços de worms e vírus a sistemas conectados à
Internet. Pragas novas, como o Code Red e o SirCam, se juntam
a velhos conhecidos como o Melissa e o I LOVE YOU. Longe de
causar apenas pequenos problemas, estes vírus, que afetam ape-nas máquinas
rodando o sistema opera-cional Windows, causam, acima de tudo, prejuízos.
Veja, como exemplo, o Code Red.
Em apenas 9 horas, 250 mil máquinas foram infec-tadas, e os números crescem
assombrosamente. Estima-se que, até o momento, mais de 2 milhões de
máquinas, no mundo todo, estejam contaminadas. O vírus substitui a página
principal dos sites hospedados nos servidores infectados por uma mensagem
própria e lança um ataque, conhecido como “ping flood”, ao site oficial da
Casa Branca (www.whitehouse.gov), aumentando drasticamente o tráfego de
dados na Internet e ameaçando causar lentidão, ou até mesmo uma pane,
global no acesso à rede. Outro conhecido é o SirCam: ele se propaga
através de documentos aparentemente inofensivos enviados como anexo a todas
as pessoas do seu livro de endereços do Outlook Express e a todos os
endereços de e-mail encontrados nas páginas armazenadas no cache do seu
navegador. De onde ele tira os documentos? Da pasta “Meus Documentos”, do
Windows, onde milhares de pessoas e empresas armazenam seus documentos
pessoais.
É fácil imaginar os danos que podem ser
causados por um vírus como esse. Além de tentar (e geralmente conseguir)
infectar as máquinas de pessoas conhecidas, como seus amigos e clientes, e
de pessoas totalmente desconhecidas, ele ainda espalha seus documentos
pessoais pela Internet. Além do aumento no consumo de banda, tanto da parte
de quem envia, como da parte de quem recebe os e-mails, por si só algo
ruim, imagine os danos que poderiam ser causados se um documento seu,
confidencial, caísse nas mãos de uma pessoa inescrupulosa, ou mesmo de um
concorrente de sua empresa?
É óbvio que tais ameaças podem ser
detidas, seja através de uma cuidadosa administração do sistema, com a
instalação imediata de atualizações de segurança assim que elas se tornam
disponíveis, como através da atualização freqüente de seu anti-vírus e de
cuidados simples, como não abrir arquivos anexos, a não ser que você saiba
exatamente do que se trata, e de onde vem.
Mas não seria mais fácil se o próprio
sistema operacional, ao invés de deixar as portas de um usuário descuidado
abertas para o ataque, dificultasse a infecção? Por sua própria natureza
multiusuá-rio, sistemas UNIX (como o Li-nux, *BSD, Mac OS X, entre outros)
dificultam a proliferação de vírus, wor-ms e trojans, pois um usuário
raramente tem permissões para alterar o conteúdo de algo que não pertença à
sua área pessoal, princi-palmente partes “globais” do sistema, vitais para
a rápida pro-liferação de um vírus. Não que seja impossível criar um vírus
para um sistema UNIX, mas seria “pouco prático”. De que adiantaria algo que
só in-fecta a área pessoal de um usuário e que não pode utilizar os
recursos do sistema para se espalhar?
Não existe sistema absolutamente
seguro, a não ser que o computador esteja desligado da tomada. Ao escolher
o sistema operacio-nal para o seu próximo servidor, existem duas opções: um
sistema proprietário, mais caro e vulnerável a ataques, ou um sistema
livre, de baixo custo, mais poderoso e muito menos vulnerável. Você, ou sua
empresa, gostaria de aparecer como exemplos de perdas causadas por essas
pragas?
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